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Pai afirma que filho de 4 anos teve pálpebra colada em hospital

Paulo César Costa Vacek, filho do jornalista Franz Vacek, deu entrada no pronto-socorro do centro médico para sutura de supercílio

Por Gabriela Del'Moro
Atualizado em 30 dez 2019, 16h44 - Publicado em 30 dez 2019, 16h32

Superintendente da RedeTV!, o jornalista Franz Vacek, 43, compartilhou no Instagram um relato sobre um suposto erro médico cometido pelo Hospital Samaritano, em Higienópolis, em seu filho de 4 anos, Paulo César Costa Vacek.

Franz e Paulo deram entrada no pronto-socorro no domingo (22) depois do menino abrir o supercílio ao bater a cabeça em uma mesa. Segundo o relato, quando a criança foi atendida, a pediatra de plantão indicou a possibilidade de colar o local com dermabond, uma cola especializada, em vez de suturá-lo. “Ela me tranquilizou e disse que seria muito simples e na sequência meu filho teria alta”, reconta Vacek.

No entanto, no momento do procedimento, o cirurgião de plantão teria aberto o frasco da cola em cima do ferimento e derrubado parte do líquido, que escorreu para o olho da criança. “No desespero, um dos enfermeiros passou um pano para tirar o excesso da cola em cima dos cílios e pálpebra, o que ajudou a espalhar mais ainda.”

Tal ação teria facilitado que as pálpebras superior e inferior grudassem, impossibilitando qualquer abertura. Ainda segundo o relato, o médico teria tentado separar a região à força com os dedos. “O meu filho gritava de dor e me pedia para salvá-lo”, diz o relato do jornalista.

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Outro médico entrou na sala, constatou a gravidade do caso e o garoto acabou internado para que pudesse operar o olho. “O que seria um procedimento simples de tratamento ambulatorial tornou-se em risco de morte, uma vez que seria necessário anestesia geral, entubação, etc.”

Confira abaixo o texto de Vacek:

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Desabafo de um pai não de um jornalista! Criança de 4 anos teve olho grudado por cola por imperícia médica no PS do Samaritano, passa por cirurgia com anestesia geral com risco de morte ou ficar cega. Detalhe: essa criança é o meu filho. Esse Natal está sendo uma prova de superação em meio a indignação e revolta. Meu filho, meu tesouro, Paulinho deu entrada no PS do Samaritano com um leve ferimento provocado por um acidente doméstico, precisava tomar um ponto e ser liberado para casa, mas o cirurgião do Samaritano por imperícia derramou cola no olho dele, grudou pálpebras e cílios. Foi internado, operado com anestesia geral, correu risco de morte para desgrudar o olho. Parte da cola permanece nos cílios. Trauma provocou imensa dor física e danos psicológicos. OS FATOS: Paulo César Costa Vacek de 4 (quatro) anos de idade deu entrada no Hospital Samaritano por ter sofrido uma queda em ambiente doméstico, resultando em ferimento no supercílio esquerdo quando tentava passar de uma cadeira para outra e bateu o supercílio na mesa. O ferimento provocou sangramento. Ao dar entrada no PS a pediatra constatou que o melhor para estancar o sangue seria a sutura por pontos ou aplicar uma cola médica chamada "dermabond" . Ela me tranquilizou e disse que seria muito simples e na sequência meu filho teria alta. Ao verificar que a cola dermatológica provocaria menos dor e o plano de saúde cobria o custo, optei por esse tratamento. Na sequência me perguntaram se preferia pagar um cirurgião plástico que demoraria 2 horas para chegar ou optar pelo cirurgião de plantão, Dr. Diogo de Oliveira Souza, CRM: 149121. Por ser um procedimento simples sem a necessidade de anestesia local optei pelo Dr. Diogo Souza. Ele e dois enfermeiros iniciaram o procedimento imobilizando o meu filho com um lençol, todavia estranhei que o médico abriu a cola em cima do ferimento. A substância saiu em grande quantidade, descendo por gravidade no olho esquerdo do meu filho e por mais inacreditável que pareça não havia nenhuma proteção para evitar que o produto tivesse contato com o globo ocular. No desespero um dos enfermeiros passou um pano para tirar o excesso da cola em cima dos cílios e pálpeb

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Paulo recebeu alta após a cirurgia e faz recuperação em casa. Franz conta ter solicitado acesso ao prontuário médico, pedido que teria sido negado inicialmente. De acordo com ele, foi indicado que entrasse em contato com o SAC do Samaritano. O documento teria entrega em até 48 horas úteis, mas o jornalista afirma que o prazo foi postergado.

Quando questionado, o Hospital Samaritano declarou ter entregado o prontuário dentro do tempo estipulado, considerando o feriado de Natal. O caso está sendo investigado pelo centro médico, que deve ouvir os dois lados do acontecimento. Confira o posicionamento oficial divulgado pelo hospital:

“O Hospital Samaritano (Higienópolis) informa que o menor P.C.C.V. foi atendido, no último domingo (22/12), no Pronto-socorro com um corte no supercílio. Ressalta que está apurando todos os protocolos adotados, bem como os procedimentos praticados durante o atendimento. Além disso, a instituição reitera o seu compromisso com o aprimoramento contínuo de seus serviços, colocando-se à disposição para mais esclarecimentos”

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