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Mostra coletiva no MAM traça caminhos da vanguarda brasileira

Texto de Hélio Oiticica escrito em 1967 norteia o evento, que tem obras de artistas como Beatriz Milhazes e Cildo Meireles

Por Jonas Lopes
Atualizado em 5 dez 2016, 18h19 - Publicado em 21 jan 2011, 23h25
Exposições 2201
Exposições 2201 (Divulgação/)
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Diversas tendências vanguardistas são percorridas em Ordem e Progresso: Vontade Construtiva na Arte Brasileira, mostra que o MAM inaugura na sexta (28). Formada por oitenta obras, todas do acervo do museu, a montagem parte de um conceito definido por Hélio Oiticica em 1967, no texto escrito para a exposição “Nova Objetividade Brasileira”. Ele definia o termo “vontade construtiva” como a forma encontrada aqui de assimilar aspectos culturais do exterior, digeri-los e, então, criar algo totalmente novo e com personalidade própria. “Ainda assim, sempre vivemos uma tendência de avanços e recuos”, diz o curador Felipe Chaimovich. “A produção nacional conseguiu tirar sua força justamente do conflito entre identidade pessoal e influência estrangeira”, completa.

A seleção vai de artistas concretistas e neoconcretistas, caso de Lygia Pape e Lothar Charoux, a nomes da videoarte como Mauricio Dias e Walter Riedweg, passando por fotografias de Brasília registradas por Thomaz Farkas e Mauro Restiffe. O período do regime militar rende trabalhos mais politizados, entre eles os de Regina Silveira e do argentino León Ferrari (que viveu em São Paulo de 1976 a 1991). Sobressai também a presença de Beatriz Milhazes, autora da pintura “Love”, e de Cildo Meireles, com a instalação “Camelô”.

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