A dura vida de quem quer fazer parte do Gate
Entrar para o Grupo de Ações Táticas Especiais exige quarenta dias de treinamento, à moda "Tropa de Elite"
Especializado na remoção e desativação de bombas, o Grupo de Ações Táticas Especiais (Gate) da Polícia Militar registrou um aumento de 50% no número de chamados neste ano. Foram 127 ocorrências até o fim de novembro — dessas, 35 eram alarmes falsos, como no dia 13, com o embrulho encontrado em uma agência bancária na Avenida Paulista —, contra 85, em 2010. A maioria dos casos envolveu um crime que virou praga em 2011, o roubo de caixas eletrônicos: no dia 9, agentes desarmaram explosivos abandonados em um deles, dentro de um supermercado no Butantã.
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O interessado em integrar o Gate encara um curso de quarenta dias com vários desafios físicos e psicológicos. São complicados. Por exemplo: o candidato percorre a pé, de madrugada, os 7 quilômetros entre a Praça da República, no centro, e o quartel do grupo, na Vila Maria, enquanto é perseguido por viaturas da polícia. Cerca de 1.500 pessoas se inscrevem todos os anos para concorrer a trinta vagas. “Nossas aulas são bem parecidas com aquelas cenas mostradas no filme “Tropa de Elite”, diz o tenente Ricardo Folkis, comandante do grupo. “O curso é rígido, pois enfrentamos a morte todos os dias. Por isso, nem todos podem ser do Gate.”
Confira alguns dos equipamentos usados para garantir a proteção nas operações:
1. Capacete à prova de bala e resistente ao fogo
2. Microfone para contato com outros agentes
3. Placa de proteção contra explosões
4. Macacão com tubos de água para ajudar a resfriar a temperatura do corpo
5. Controle dos sistemas de comunicação e refrigeração
6. Bota à prova de bala e resistente ao fogo
7. Robô com três câmeras e visão de raio X