Obras do acervo do Vaticano são expostas a partir desta sexta (21)
Mostra conta a história cronológica do catolicismo por meio de um passeio pela arte
A partir desta sexta-feira (21), a Oca do Parque do Ibirapuera se transforma em uma versão reduzida do pequeno país no meio da Itália. Pelo menos esse é o objetivo da exposição “Esplendores do Vaticano: Uma Jornada Através da Fé e da Arte”, que traz ao público paulistano 200 obras de arte sacra que fazem parte do acervo da sede mundial da igreja católica.
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Não precisa ser religioso para apreciar o evento que conta, em ordem cronológica, uma história de mais de 2.000 anos. O Vaticano se tornou, ao longo dos séculos, um dos maiores mecenas do mundo das artes, encomendando e coletando trabalhos de renomados artistas. É também um museu de objetos históricos, tais como relicários, mapas, documentos, vestimentas, itens litúrgicos e culturais de todo o mundo. “A igreja sempre protegeu a arte porque acredita que Deus representa a beleza e ver arte é uma maneira de entrar em contato com Deus”, explica o padre Juarez de Castro, representante da Arquidiocese de São Paulo na abertura do evento para convidados.
Os “tesouros” são exibidos em 11 galerias e ambientes recriados e organizados em seções temáticas que ilustram a evolução da religião e o início do papado com São Pedro, até o Papa Bento XVI. Segundo o Monsenhor Roberto Zagnoli, um dos curadores da mostra, muitos objetos expostos não podem ser vistos nem no Vaticano.
Um exemplo é a representação do túmulo de São Pedro, logo na entrada da Oca. O público pode ter uma ideia de como o local foi encontrado, em 160 d.C., e ver um fragmento original da parede vermelha – que foi descoberta em 1941 – com a inscrição em grego “Petros Eni” (“Pedro está aqui”).
A quarta galeria, dedicada a Michelangelo Buonarroti, é um dos maiores destaques. Lá o público encontra uma reprodução da famosa escultura “Pietá” e uma obra original em baixo relevo na qual Maria chora pela morte de Jesus.
As atenções se viram para uma visita virtual à Capela Sistina, talvez o trabalho mais conhecido de Michelangelo, na qual o público pode ver no teto da igreja, com mais de 20 metros de altura, as icônicas cenas descritas no livro de Gênesis, da Bíblia.
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Também são interessantes o “Retrato de Cristo com a Coroa de Espinhos, e a Virgem Maria com o Menino Jesus e Livro nas Mãos”, de Guercino (pintor barroco italiano) e a galeria dedicada ao papa João Paulo II, o mais lembrado pelos fiéis brasileiros, que podem tocar nas mãos dele, exibidas em forma de molde.
A mostra fica em cartaz até o dia 23 de dezembro de 2012. Os preços dos ingressos vão de R$ 44,00 a R$ 52,00.