O Teatro Mágico lança terceiro CD em palco nada alternativo
Grupo apresenta "A Sociedade do Espetáculo" no Citibank Hall
Em 2003, quando o cantor e compositor Fernando Anitelli, de 37 anos, criou o conjunto de músicos e artistas circenses O Teatro Mágico, a proposta era conceber uma trilogia. Avesso às gravadoras, lançou de maneira independente — e com direito a download gratuito — os álbuns “Entrada para Raros” (2003) e “O Segundo Ato (2008)”, que juntos venderam mais de 470.000 cópias. Distribuído no mesmo esquema, deveria encerrar o ciclo o recente “A Sociedade do Espetáculo”, mas Anitelli e companhia não devem parar por aí. “O George Lucas pôde aumentar a sua trilogia; só porque nós somos uma trupe de Osasco não temos esse direito?”, diz o fraseador músico, numa referência às sequências de “Star Wars”. Há planos de um ano e meio de turnê, um DVD e talvez uma pausa breve para o líder se dedicar a trabalhos voltados às crianças.
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Grande vendedor de discos capaz de lotar shows com uma plateia fervorosa, o grupo leva seu papo cabeça e a pose “eu-não-me-rendo-ao-sistema” ao palco do… Citibank Hall. Bem longe da pegada alternativa, a casa de espetáculos vai cobrar a partir de 70 reais pelos ingressos para a apresentação. “É uma ocasião especial. Lá encontramos uma estrutura para fazer o show que nossos fãs merecem”, justifica Anitelli. “Isso eleva o preço, mas não quer dizer que será o padrão”. No domingo (9), enquanto os sete instrumentistas exibem o novo repertório (de CDs anteriores aparecem “O Anjo Mais Velho” e “Pena”), outros quatro artistas fazem encenações e números aéreos. Todos caracterizados como palhaços.