O Rappa faz única apresentação no Credicard Hall
Aplaudida na edição americana do Lollapalooza, a banda promete surpresas no palco
Em pouco menos de um mês, a banda carioca O Rappa passou por duas das experiências mais marcantes de sua trajetória. Em julho, lotou o Circo Voador, no Rio de Janeiro, para relembrar o disco “Lado B Lado A”, de 1999. Hits como “O que Sobrou do Céu” e “Me Deixa” foram berrados por 3.000 fãs.
No dia 3 de agosto, um público muito diferente compareceu à estreia do quarteto no festival Lollapalooza, em Chicago. Sob o sol da uma da tarde, no palco onde o Black Sabbath se exibiria horas depois, o grupo se apresentou para uma multidão que não conhecia sequer um refrão. “Tocamos como se fosse a primeira vez”, diz o vocalista, Falcão, de 39 anos. “E fizemos um show antológico.”
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Com fôlego renovado, eles retornam à cidade para uma única noite no Credicard Hall. Não se espera um repertório muito diferente daquele executado no Lollapalooza brasileiro, em abril. O espetáculo que impressionou o idealizador do festival — o roqueiro Perry Farrell, do Jane’s Addiction, responsável por selecioná-los para Chicago — tem como base o CD e o DVD gravado ao vivo na Rocinha em 2009.
Mas Falcão, Xandão (guitarra), Lauro Farias (baixo) e Marcelo Lobato (bateria) prometem sucessos, como “Pescador de Ilusões”, e surpresas. Algumas delas devem surgir da fornada de canções escritas para o próximo disco de inéditas, previsto para 2013.
Há dois meses no estúdio, O Rappa resolveu as rusgas surgidas após o lançamento do sétimo álbum, “7 Vezes”, de 2008. À frente da plateia, onde se mostram novamente vibrantes, a transformação é notável. “A máquina de rejuvenescer é a amizade”, afirma o cantor.