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Número inexistente, 22 recebeu 521 015 votos para governo de SP

O número é do PL, mesmo partido do presidente Jair Bolsonaro, mas sigla não tinha candidato ao governo paulista

Por Hyndara Freitas
Atualizado em 18 out 2022, 22h00 - Publicado em 18 out 2022, 11h20
Imagem mostra uma pessoa apertando a tecla 'confirma' na urna eletrônica.
Eleitores não poderão levar celular para a cabine eletrônica. (Roberto Jayme/Ascom/TSE/Divulgação)
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O número 22, o mesmo de Jair Bolsonaro (PL), recebeu 521 015 votos para governador de São Paulo, informou o Tribunal Regional Eleitoral (TRE-SP) à Vejinha. Todos estes votos foram anulados, já que o estado não tinha nenhum candidato do PL concorrendo. 

Na disputa ao Palácio dos Bandeirantes, o candidato apoiado pelo presidente da República é Tarcísio de Freitas, do Republicanos – cujo número na urna é 10 (Fernando Haddad, seu adversário no segundo turno, é 13). 

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De acordo com as regras da Justiça Eleitoral, o voto é anulado quando o eleitor digita um número que não corresponde a nenhum candidato oficialmente inscrito. Esses votos, assim como os em branco, são computados para fins estatísticos, mas não são considerados votos válidos.

O “erro” dos eleitores havia sido apontado pelo próprio Tarcísio durante agenda pública na última sexta-feira (14), ocasião na qual ele disse que “sua equipe estava apurando” quantas pessoas haviam votado ‘22’. 

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A eleição para governador de São Paulo tem Tarcísio e Fernando Haddad (PT) no segundo turno. No primeiro turno, o candidato do Republicanos ficou em primeiro lugar, com 42,32% dos votos, e o petista com 35,70%. A diferença de votos entre os dois foi de 1 544 856 votos.

Assim que começaram as especulações para Tarcísio ser o candidato de Bolsonaro ao governo paulista, no início do ano, a expectativa era que ele se filiasse ao PL. Entretanto, em março, foi firmada sua adesão ao Republicanos. Uma das motivações seria uma costura política, para que o Republicanos se associasse à base de apoio do presidente na disputa à reeleição.

Outra razão seria uma “bronca” antiga que o ex-ministro da Infraestrutura teria com Valdemar da Costa Neto, presidente do PL. Quando era presidente do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT) durante o governo Dilma Rousseff (PT), Tarcísio demitiu diversos indicados pelo PL por suspeitas de corrupção, o que teria deixado uma mancha na relação dele com o líder da legenda.

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