As novidades da Comic Con Experience

O evento geek dobra de tamanho e pretende receber 200 000 pessoas

Por Mariana Rosário e Tatiane Rosset
Atualizado em 1 jun 2017, 15h50 - Publicado em 25 nov 2016, 23h00

Quem participa pela primeira vez da Comic Con Experience (CCXP) pode estranhar. Não é sempre que se vê Darth Vader batendo um papo amigável com o Homem de Ferro — ou, pelos menos, gente caracterizada exatamente igual aos personagens fictícios. Em sua terceira edição na capital, a atração nos moldes do evento homônimo dos Estados Unidos espera atrair 200 000 fãs de cultura pop ao São Paulo Expo, na Rodovia dos Imigrantes, de quinta (1º) a domingo (4).

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Os ingressos para dois dos quatro dias de atividades já estão esgotados. “Criamos uma Disneylândia temporária para esse público”, orgulha‑se Ivan Costa, da Chiaroscuro Studios, uma das três empresas que desenvolvem a festa. Nas datas, haverá encontros com figuras do mundo nerd, além de experiências interativas e exposições. Os frequentadores poderão, por exemplo, tirar fotos com uma nave gigante e admirar figurinos originais de Rogue One: uma História Star Wars, o novo filme da saga intergaláctica. A Editora Abril montará um estande onde, com óculos virtuais, o visitante poderá conhecer um museu das publicações Disney. Haverá ainda lançamento dos quadrinhos A Espada de Gelo e da nova versão do Manual da Vovó Donalda, de 1977.

A versão paulistana do encontro geek firmou‑se como a terceira maior do planeta em público. Perde apenas para a pioneira de San Diego e Nova York. O local de 115 000 metros quadrados escolhido para receber 140 estandes e 180 marcas exibe o dobro do espaço em comparação ao de 2015. Os organizadores investiram em convidados que extrapolam o universo nerd. Entre eles, estão os atores Vin Diesel — da franquia Velozes e Furiosos —, que vem para divulgar seu novo longa, e Neil Patrick Harris, do seriado da Netflix Desventuras em Série. Por lá, também fazem sucesso os estandes de vendas. Em 2015, os expositores faturaram 15 milhões de reais comercializando bonecos, camisetas e outros itens. Devem lucrar ainda mais neste ano: 20 milhões de reais.

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Muito do charme do negócio se deve aos fãs dedicados. Eles mergulham de cabeça no mundo de filmes, histórias em quadrinhos e games. O casal de cosplayers Johny Eduardo Santiago, de 30 anos, e Jaqueline Fernandes, 27, caprichou nos figurinos para participar. O rapaz já embolsou cerca de 60 000 reais em prêmios em concursos de fantasia aqui e no exterior. No ano passado, ganhou um carro na disputada CCXP. Agora, encarnará um guerreiro do game Overwatch e a namorada, uma figura do jogo StarCraft II.

As roupas piscam e têm ventilação automatizada. As peças são feitas a mão por eles mesmos e consomem, em média, 500 reais em material. “Quando estou vestida, não consigo ir ao banheiro nem comer, porque a roupa fica bem justa”, diz Jaqueline. A advogada Evelin Barboza, 31, investiu alto em uma experiência diferente. Pagou 6 000 reais por uma credencial que garante tratamento vip e encontro com celebridades. “Eu poderia usar esse dinheiro para viajar, mas me encaixo nesse ambiente”, justifica.

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A feira movimenta a metrópole. Por causa da demanda, os sócios do evento criaram uma agência de turismo para atender os visitantes. Em 2015, mais de 70 000 pessoas vieram de fora da cidade. Na Vila Mariana, o bar Gibi Cultura Geek dobra o movimento nesta época de invasão dos nerds. A loja Toyshow, nos Jardins, fará um esquenta com youtubers e humoristas neste sábado (26). A CCXP é mais uma provado crescimento do setor por aqui. Para não perder o embalo, a companhia já prepara a edição de 2017, que acontecerá de 7 a 10 de dezembro e promete ser ainda maior.

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