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Adote uma cartinha para Papai Noel

Saiba como funciona o projeto dos Correios e conheça histórias de voluntários que participam todos os anos

Por Bruna Gomes
Atualizado em 14 Maio 2024, 11h00 - Publicado em 9 dez 2011, 16h59

A Campanha Papai Noel dos Correios existe há 14 anos e atende, prioritariamente, crianças com até 10 anos. Durante todo o ano, agentes recebem e separam cartinhas manuscritas destinadas ao Bom Velhinho. Em novembro os pedidos começam a ser cadastrados e disponibilizados para a adoção em postos de apadrinhamento. Só em São Paulo são 149 locais.

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Até a última sexta (9), cerca de 260.000 cartas foram recebidas, 80.000 foram cadastradas e 30.000, adotadas. Para que todo o projeto dê certo, os Correios contam com a ajuda de voluntários como Dulce Colombo, professora aposentada de 77 anos que há dois anos dispõe de quatro horas semanais para a leitura das cartinhas. Ela vai até a sede dos Correios, no Jaguaré, onde grifa itens importantes como nome, idade e o desejo da criança para facilitar o cadastramento, além de colocar um número de identificação no papel. É por esse número que a instituição vai saber depois para onde mandar os presentes.

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Dulce conta que uma das primeiras cartinhas que adotou foi a de um menino que gostava muito dos bombeiros e queria seguir essa profissão quando crescesse. “Adivinha o que ele queria? Um carrinho dos bombeiros”, conta. Neste ano, ela se juntou a duas sobrinhas e uma filha para adotar mais quatro cartinhas. Entre os pedidos há cesta básica, carrinho, panetone, um boneco para meninos e docinhos. “Ficamos muito tocados quando as crianças abrem mão de um presente para pedir comida.”

Em meio a tantas cartas com pedidos humildes na sede dos Correios, duas amigas que trabalham juntas em um escritório contábil chegaram a ficar abismadas com pedidos mais luxuosos. “Li crianças pedindo TVs de plasma e viagem para a Disney”, conta Juliana Ueda. “Tenho um filho de 8 anos e o ensino desde pequeno a não pedir coisas caras porque o Papai Noel precisa comprar presentes para todas as crianças”, completa. Cristina Alves prefere focar em pedidos que incluem material escolar e cesta de Natal. “Teve uma que me emocionou. Ela pediu um chinelo e o namorado da Barbie”, conta Cristina.

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Diante do grande volume de cartas, os Correios estendeu o prazo para a adoção, que agora vai até o próximo dia 16. Quem participa não paga nada pela postagem do presente e também não sabe onde o pacote será entregue. Tudo é feito pelo código da carta para preservar a criança. Mesmo as cartas que não são adotadas recebem uma mensagem assinada pelo Papai Noel. 

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