Na linha do cemitério
O Cemitério do Morumby corre o risco de ser desapropriado. Confira cemitérios que desapareceram da cidade
Em dezembro, o Metrô pediu a desapropriaçãode uma parte do Cemitériodo Morumby para as obras da Linha17 – Ouro. Responsável pela administraçãodo local, a Comunidade Religiosa João XXIII tenta impedir o despejo. Se for confirmado, não será oprimeiro “campo sagrado” desalojadona capital.
A partir de 1715, o centro abrigou o Cemitério dos Homens Negros, que seria atropelado, em 1890, pela abertura de novas ruas na região, de acordo com o escritor Levino Ponciano, autor de Todos os Centros da Pauliceia. Atualmente, o local sedia o prédio da Bolsa de Mercadorias e Futuros (BM&F/Bovespa), na Rua XVde Novembro. Em 1775, o Cemitériodos Aflitos foi inaugurado para receber corpos de condenados à forca (naépoca, a lei previa a pena de morte).
A Cúria Metropolitana venderia o terreno em 1885 para levantar recursos econstruir a Catedral da Sé, segundo o historiador Luís Soares de Camargo. Hoje a área é ocupada pelo Beco dos Aflitos, entre as ruas da Glória e Galvão Bueno, na Liberdade. O cemitériode Santo Amaro, que resiste até hoje, também sofreu baixas. Reza a lenda que túmulos anteriores a 1856 foram soterrados durante uma urbanização.
TUMBAS PERDIDAS
As datas da desativação de túmulos da capital
1856
› Cemitério de Santo Amaro
1885
› Cemitério dos Aflitos
1890
› Cemitério dos Homens Pretos