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Na linha do cemitério

O Cemitério do Morumby corre o risco de ser desapropriado. Confira cemitérios que desapareceram da cidade

Por Maurício Xavier [Aretha Yarak, Juliene Moretti, Laura Ming e Mariana Oliveira]
Atualizado em 5 dez 2016, 12h45 - Publicado em 28 fev 2015, 00h00
cemitério do morumby
cemitério do morumby (Cristian Schneider/Futura Press/)
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Em dezembro, o Metrô pediu a desapropriaçãode uma parte do Cemitériodo Morumby para as obras da Linha17 – Ouro. Responsável pela administraçãodo local, a Comunidade Religiosa João XXIII tenta impedir o despejo. Se for confirmado, não será oprimeiro “campo sagrado” desalojadona capital.

A partir de 1715, o centro abrigou o Cemitério dos Homens Negros, que seria atropelado, em 1890, pela abertura de novas ruas na região, de acordo com o escritor Levino Ponciano, autor de Todos os Centros da Pauliceia. Atualmente, o local sedia o prédio da Bolsa de Mercadorias e Futuros (BM&F/Bovespa), na Rua XVde Novembro. Em 1775, o Cemitériodos Aflitos foi inaugurado para receber corpos de condenados à forca (naépoca, a lei previa a pena de morte).

A Cúria Metropolitana venderia o terreno em 1885 para levantar recursos econstruir a Catedral da Sé, segundo o historiador Luís Soares de Camargo. Hoje a área é ocupada pelo Beco dos Aflitos, entre as ruas da Glória e Galvão Bueno, na Liberdade. O cemitériode Santo Amaro, que resiste até hoje, também sofreu baixas. Reza a lenda que túmulos anteriores a 1856 foram soterrados durante uma urbanização.

TUMBAS PERDIDAS

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As datas da desativação de túmulos da capital

1856

› Cemitério de Santo Amaro

1885

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› Cemitério dos Aflitos

1890

› Cemitério dos Homens Pretos

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