Motorista confessou que colocou fogo no próprio carro na Berrini
Analista financeiro tentou aplicar golpe na empresa de seguros
O analista financeiro que supostamente teria sofrido um sequestro relâmpago na região da Berrini em junho passado tentou dar um golpe na seguradora, afirma a Polícia Civil. Confrontado pelas evidências coletadas pela polícia, confessou que ele mesmo havia ateado fogo no carro.
Na época, o homem, cujo nome não foi divulgado, afirmou que estacionou seu carro por volta das 21h30 em uma rua paralela à Avenida Engenheiro Luís Carlos Berrini. Ao descer do veículo, indo em direção da agência bancária, foi abordado por dois indivíduos à pé, que o fizeram voltar para o automóvel. Um deles assumiu a direção, enquanto o outro sentou-se no banco de trás, com o analista. Durante o percurso, foi jogado líquido inflável na roupa da vítima.
Os bandidos exigiram dinheiro. Quando o homem informou ter apenas 100 reais, um dos suspeitos ateou fogo nele com um isqueiro. Em pânico, a vítima abriu a porta e se jogou do veículo, caindo próximo à Ponte do Morumbi. Ele correu para o outro lado da via e pediu ajuda a um taxista que passava pelo local.
Durante as investigações, a polícia encontrou diversas evidências que desmentiam o relato da suposta vítima. Uma camiseta preta parcialmente queimada que pertencia ao dono do carro foi encontrada em um local perto do veículo. Além disso, no dia do assalto, o analista financeiro levou o carro a uma loja e retirou todo o equipamento de som do veículo.
Segundo a polícia, o homem disse que tentou cometer suicídio, mas saiu do carro assim que o fogo aumentou. Ele ficou internado por causa dos ferimentos.