Continua após publicidade

Um ano depois, famílias ainda buscam justiça por mortes de jovens em Paraisópolis

Nove pessoas entre 14 e 23 anos morreram durante ação da Polícia Militar; 31 policiais são investigados e Defensoria pede indenização a parentes

Por Redação VEJA São Paulo Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO
Atualizado em 27 Maio 2024, 16h57 - Publicado em 1 dez 2020, 11h26
Escadaria onde jovens morreram pisoteados em Paraisópolis: parentes buscaram atendimento no Cravi
Escadaria onde jovens morreram pisoteados em Paraisópolis: parentes buscaram atendimento no Cravi (Sergio Quintella/Veja SP)
Continua após publicidade

Este 1º de dezembro marca um ano da desastrosa ação da Polícia Militar em Paraisópolis, quando nove pessoas morreram em um baile funk. Todas eram muito jovens, com idade entre 14 e 23 anos. Outras 12 se feriram. Moradores da favela farão um ato em memória às vítimas.

A Defensoria Pública pede que o governo de São Paulo indenize as famílias de oito mortos. Uma das vítimas não está na ação porque a família não foi encontrada. Os pedidos serão analisados pela Procuradoria Geral do Estado (PGE) após conclusão do inquérito da Polícia Civil, informou assessoria de imprensa do governador João Doria. Ao todo, 31 policiais militares foram afastados das funções e são investigados.

Os policiais militares encurralaram as pessoas em um beco sem saída após lançaram bombas de gás e de efeito moral nos frequentadores do baile, diz a defensoria. Depois, agrediram as pessoas e provocaram tumulto, fazendo com que vítimas morressem sufocadas e prensadas umas contra as outras. As vítimas chegaram mortas aos hospitais. Nos corpos, lesões indicavam que tinham sido pisoteadas.

Em curso, há duas investigações sobre o caso. A conduzida pela PM aponta legítima defesa por parte dos policiais. O outro inquérito, conduzido pela Polícia Civil, pode indiciar parte dos PMs envolvidos.

PMs que participaram da ação negam terem encurralado os jovens. Segundo a versão dos agentes, as vítimas morreram pisoteadas porque dois criminosos que estavam em uma moto sendo perseguidos se infiltraram na festa e atiraram contra os policias. As investigações não encontraram os suspeitos, que não foram identificados.

Continua após a publicidade
  • Assine a Vejinha a partir de 5,90
Publicidade

Essa é uma matéria fechada para assinantes.
Se você já é assinante clique aqui para ter acesso a esse e outros conteúdos de jornalismo de qualidade.

Semana Black Friday

A melhor notícia da Black Friday

Impressa + Digital no App
Impressa + Digital
Impressa + Digital no App

Informação de qualidade e confiável, a apenas um clique.

Assinando Veja você recebe semanalmente Veja SP* e tem acesso ilimitado ao site e às edições digitais nos aplicativos de Veja, Veja SP, Veja Rio, Veja Saúde, Claudia, Superinteressante, Quatro Rodas, Você SA e Você RH.
*Para assinantes da cidade de São Paulo

a partir de 35,60/mês

PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
Fechar

Não vá embora sem ler essa matéria!
Assista um anúncio e leia grátis
CLIQUE AQUI.