A morte do líder do Charlie Brown Jr, Alexandre Magno Abrão, o Chorão, afetou o seu companheiro e amigo Luiz Carlos Leão Duarte Junior, o Champignon, morto na madrugada desta segunda-feira (9). Chorão morreu de overdose, há quase seis meses, em sua casa.
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“Desde que o Chorão morreu (Champignon) nunca mais foi a mesma pessoa. Ele conversava, sorria, mas foi entrando em depressão até que chegou no pico. Estava muito deprimido, muito triste”, diz a amiga da família Sílvia Duarte. Ela estava na casa da irmã de Champignon, Danielle, que desmaiou assim que soube a notícia. “A mãe dele não se conforma com o que aconteceu. Nunca passou pela cabeça de ninguém que um dia fosse acontecer uma coisa dessas. Sabíamos que estava triste, mas não a ponto de fazer isso.”
Ainda de acordo com Sílvia, a pressão de ser o vocalista de uma nova banda também pesava para Champignon. “Estava animado com a banda nova, mas a pressão era muito grande. Ele era uma pessoa maravilhosa, muito amável.”
O vizinho de Champignon, Alexandre Benaoim, o primeiro a entrar no apartamento do músico depois dos disparos, também afirmou já ter conversado com ele sobre a morte do companheiro de banda. “Uma vez ele veio aqui em casa, tocou umas músicas e ficamos conversando. Ele falou sobre o Charlie Brown, disse que estava triste por causa do Chorão, mas nunca imaginei que algo assim pudesse acontecer.”
Caso
Champignon foi encontrado morto com um tiro na cabeça em seu apartamento, na Vila Sônia, na madrugada desta segunda-feira (9). O corpo do músico será velado e enterrado no Cemitério Memorial de Santos, onde também está Chorão. Os horários ainda não foram divulgados.
A Polícia Militar afirma que foi acionada à 0h17 por vizinhos que ouviram o disparo. Ao chegar ao local, encontraram o artista já morto, com um tiro na cabeça. O caso foi registrado na 89º DP como suicídio consumado.
Em depoimento à polícia, a mulher do músico relatou que eles tiveram uma briga no restaurante onde jantaram com um casal de amigos na noite de domingo (8). Eles beberam duas garrafas de saquê no local. Ao chegar em casa, Champignon se trancou no quarto onde guardava seus instrumentos e não a deixou entrar. Antes de atirar em sua própria cabeça com uma pistola 380, o músico teria feito um disparo com a mesma arma para testá-la –um projétil foi encontrado no chão, próximo à janela. Além da pistola, registrada em seu nome,ele tinha uma espingarda.