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Morte de arquiteto negro registrada como suicídio é contestada por família

Felipe ‘Macalé’ foi encontrado na madrugada de domingo (30) sob o Viaduto Sumaré; parentes e amigos acreditam em assassinato

Por Redação VEJA São Paulo Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO
2 jun 2021, 19h14

A morte de um arquiteto e artista negro de 36 anos na zona oeste da capital na madrugada do último domingo (30) foi registrada pela Polícia Militar como suicídio e revoltou parentes e amigos de Luiz Felipe Bernardes dos Santos, o Macalé, que usaram as redes sociais para protestar. Eles não acreditam que essa tenha sido a causa de sua morte. A Polícia Civil está investigando outras hipóteses para explicar a morte do homem, que caiu de uma altura de 30 metros, do Viaduto Sumaré para a Avenida Paulo VI.

O caso foi registrado como suicídio em boletim de ocorrência no 23º Distrito Policial (DP), em Perdizes. Segundo o documento, um ciclista que disse ter visto o “momento da queda” ligou para o Comando de Operações da PM, o Copom, por volta das 3h20, reportando que um homem se matou. Esse homem foi teoricamente a única testemunha e não foi identificado.

As pessoas que conheciam Macalé não acreditam na versão do BO, e sim que ele possa ter sido assassinado ou morto durante um assalto, porque o homem estava em uma boa fase, recém-casado, bem realizado profissionalmente e não parecia planejar tirar a própria vida. Ainda por cima, sua casa, na Água Branca, foi encontrada revirada, com a maçaneta da porta danificada e alguns itens sumiram. Por isso, desde sua morte, os parentes e amigos do arquiteto pedem justiça na internet.

Em entrevista publicada na segunda-feira (1) no jornal Folha de S.Paulo, Patrícia Brasil, esposa de Macalé, diz que o marido “não tinha motivo para se matar”. Os dois moravam em casas separadas.

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“É inconcebível [o suicídio]. A sua alegria de viver era contagiante. Naquela noite, trocamos mensagens felizes, programamos nosso domingo. Ele me disse que estava voltando para casa e que estava bem. Em nenhum momento pareceu triste, como se fosse fazer algo contra ele mesmo”, disse a mulher à Folha.

Diante dos mistérios do caso, a investigação ainda busca saber se ele realmente se matou, se alguém o incitou a se matar, se ele fez uso de bebidas ou drogas que possam ter contribuído para a sua morte e ainda se Macalé teria sido empurrado do viaduto por alguém. Os agentes ainda querem localizar o ciclista para obter mais informações. O laudo necroscópico, providenciado pelo Instituto Médico Legal (IML) da Polícia Técnico-Científica, pode responder o que ele ingeriu e determinar a causa da morte, mas ainda não está pronto.

Em nota, a Secretaria da Segurança Pública (SSP) disse que a polícia está apurando o caso e não está descartada nenhuma possibilidade. “O caso é investigado por meio de inquérito policial instaurado pelo 23º DP (Perdizes). No referido procedimento serão adotados todos os atos de polícia judiciária visando esclarecer as circunstâncias em que os fatos ocorreram. Os familiares estiveram na unidade e conversaram com a Delegada de Polícia responsável pela investigação”, informa a nota.

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