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Morre morador de rua baleado por PM em Pinheiros

Ele foi identificado apenas como Ricardo, de 38 anos, que trabalhava como catador de materiais recicláveis na região

Por Estadão Conteúdo
13 jul 2017, 08h36
Morador de rua baleado à queima roupa por um policial militar no bairro de Pinheiros, na Zona Oeste de São Paulo, morreu na noite desta quarta-feira (12), no Hospital das Clínicas da capital (Facebook/Paula Sachetta/Reprodução/Veja SP)
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Um morador de rua baleado à queima roupa por um policial militar no bairro de Pinheiros, na Zona Oeste de São Paulo, morreu na noite desta quarta-feira (12), no Hospital das Clínicas da capital. Ele foi identificado apenas como Ricardo, de 38 anos, que trabalhava como catador de materiais recicláveis na região.

O PM flagrado por testemunhas disparando contra o homem prestou depoimento e foi liberado, ainda durante a noite de quarta. Ele deve responder a uma investigação da Corregedoria da corporação. O crime ocorreu por volta das 18h30, na esquina entre as Ruas Mourato Coelho e Navarro de Andrade, em frente a uma unidade do supermercado Pão de Açúcar.

A PM afirma que o agente foi ameaçado com um pedaço de madeira e por isso, teria reagido. Testemunhas se revoltaram, filmaram a cena e duas pessoas disseram, inclusive, que tiveram celulares tomados pelos PMs e vídeos apagados. Imagens publicadas no Facebook mostram policiais colocando o homem ferido, inconsciente, dentro do porta malas de uma viatura.

Segundo os relatos no local, Ricardo pedia comida em frente a uma pizzaria e o dono do estabelecimento acionou a polícia para retirá-lo. A discussão se intensificou com a chegada dos agentes e, quando o catador empunhou um pedaço de pau, um dos PMs disparou ao menos dois tiros na altura do peito dele. Moradores contaram que o carroceiro era conhecido na vizinhança e nunca havia demonstrado comportamento agressivo.

A morte foi confirmada pela assessoria de comunicação da PM na manhã desta quinta-feira (13). A Secretaria de Segurança Pública do Estado (SSP-SP) deve se manifestar através de nota ainda hoje.

Na noite passada, em primeiro comunicado, a pasta afirmou que equipes do Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) da Polícia Civil estavam “em campo para colher elementos que constarão no boletim de ocorrência, que será registrado pelo departamento para investigação das circunstâncias”. A SSP acrescentou que a “Corregedoria da PM também apura a ocorrência, como é de praxe e exige a resolução SSP 40/2015”.

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