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Moradores “sequestram” equipe da Eletropaulo após três dias sem luz

Vizinhos fecharam via para impedir que funcionários fossem embora

Por Veja São Paulo
Atualizado em 5 dez 2016, 12h53 - Publicado em 15 jan 2015, 17h00
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  • Uma equipe da AES Eletropaulo foi feita de “refém” nesta quinta-feira (15) por moradores da Rua Daniela Crespi, no Butantã (Zona Oeste). O local está pelo terceiro dia consecutivo sem luz. Durante a visita da reportagem, um carro da empresa que estava nas imediações foi chamado pelos moradores.

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    Um funcionário disse que não teria como resolver o problema naquele momento porque estava atendendo outra ocorrência no bairro. Em protesto, vizinhos fecharam a via com veículos para impedir que ele fosse embora – a rua é sem saída. A caminonete só foi liberada após a chegada de um caminhão da AES Eletropaulo, que nesta tarde fazia os reparos na rede aérea e nos transformadores.

    Desde a tarde da última segunda-feira (12), os moradores passaram a uma rotina de geladeiras com comida estragada, velas em todos os cômodos e gelos ensacados. Apesar de reclamações diárias à Eletropaulo, a vizinhança alega não ter recebido atendimento. “Só vão sair quando chegar outra viatura. Não tem outra coisa a ser feita”, afirmou o químico José Luiz Pastre, 64.

    “Vamos fechar a rua. Só assim para nos atenderem”, afirmou a dona de casa Madalena Ybañez, 63. Ela disse que pediu a todos os vizinhos que protocolassem denúncias na Aneel (Agência Nacional de Energia Elétrica).

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    Falta de atendimento

    O estudante de engenharia Danilo Duarte Costa, 26, disse que ele e os vizinhos fizeram “inúmeras” ligações à Eletropaulo, mas não houve retorno. “É a primeira vez que fica tanto tempo sem luz. Às vezes cai quando chove, mas no máximo por cinco ou seis horas”, disse.

    A mãe de Danilo, a dona de casa Elenita Costa, disse que precisou deixar todos os alimentos na geladeira de uma amiga, para que não estragassem. Além disso, os moradores têm comprado sacos de gelo – já esgotados no supermercado mais próximo durante a visita da reportagem.

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    O administrador de empresas Luiz Argelino, 60, disse que recebeu uma mensagem da Eletropaulo afirmando que o problema poderia ser resolvido “até sexta”. Na casa dele está a neta de apenas um mês, Maria Fernanda. “Ela precisa ir na casa da minha filha para tomar banho, água gelada não dá”.

    “Perdi carne, o freezer estava lotado”, reclamou a professora aposentada Maria Teresa Carloni. “Ontem [quarta-feira, 14] fui ver a novela na casa da minha empregada. O celular carreguei no cabeleireiro”. Na casa dela, onde moram quatro pessoas, todos estão almoçando fora. “A casa fica cheia de velas à noite.”

    (Estadão Conteúdo)

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