Tendências do verão: moda
Oito novidades que devem aparecer nos guarda-roupas feminino e masculino
Vai pegar: Maiôs e biquínis com estampa de cobra
O couro de píton é a textura da vez. É natural que as coleções de moda praia tenham sido “picadas” pela tendência mais perigosa da próxima temporada, que mata as onças no quesito novidade (sexy) à beira-mar. “É antigo achar que a estampa é escolha típica de perua”, diz Patrizia Simonelli, uma das estilistas da Cia. Marítima. “Tudo depende da mulher. Acho o máximo um biquíni de cobra verde com uma saída de praia com estampa de limões.”
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Parte da produção da marca paulistana é um serpentário colorido: maiôs, biquínis, caftãs, regatas com escamas pink, turquesa e verdes. As mais discretas podem “caçar” uma pele no tom natural, caso do biquíni Jo de Mer. Mas não pensem que vão passar despercebidas. “Nem um namorado lindo a tiracolo ofusca essa menina veneno”, diz Marcella Sant’Anna, parceira de Patrizia no bote da píton em plena areia.
Vai pegar: Paetês
No verão passado, foi a transparência. Desta vez, o eleito é o brilho. De Dolce & Gabbana a Balmain, vale reluzir com paetês brancos, prata, dourados, pretos e, novidade da temporada, em um tom chamado de “Coca-Cola”. As lantejoulas vêm menores, mais delicadas e, em casos mais ousados, estampadas. Para não parecer uma árvore de Natal, o moderno é combinar a peça com roupas casuais e tecidos como sarja. “Adoro short de paetês com camiseta de malha e camiseta de paetês sob um blazer”, diz a empresária Natalie Klein, que produziu, entre outras peças, o macaquinho para a sua etiqueta principal, a NK Store. Vale a regra do menos é mais para o look completo: dispense a maquiagem e as bijus gritantes e prefira um penteado discreto. O paetê já chama atenção o bastante.
Vai pegar: Laranja avermelhado
Entre o laranja-tangerina e o vermelho-tomate, tangerine tango é a cor do verão. O tom substitui o rosa-maravilha lançado no ano passado pela Pantone, um dos maiores fornecedores de paleta para a indústria da moda e decoração. A cor será o carro-chefe de uma linha de maquiagem criada pela multimarca de beleza que se instala em São Paulo a partir de março: Sephora + Pantone Universe.
Vai pegar: Terno justo
Duas tendências estão dando cara nova — e mais enxuta — ao terno. A primeira são ambientes de trabalho cada vez menos sisudos. Eles permitem afrouxar as regras do uniforme masculino por excelência, o que resulta em combinações nunca antes imaginadas no universo do paletó e calça. A segunda é uma geração cada vez mais vaidosa e, na corrida pela beleza, mais em forma. “A crescente preocupação dos homens com a aparência é a maior responsável pela invenção do terno slim”, diz Ricardo Almeida, que há 25 anos promove adaptações milimétricas na altura das barras, largura das lapelas e número de botões dos blazers. “Com corte mais ajustado, eles valorizam o corpo.” Modernosos, os ternos “malha de ginástica” caem bem com camiseta e permitem usar as peças descombinadas (paletó de um, calça de outro). Para escritórios que não abrem mão da gravata, atenção: ela também entra no regime. Perdeu nada menos do que 2,5 centímetros de largura, chegando a exíguos 5 centímetros, como o modelo da foto.
Vai pegar: Camiseta chique
Por anos a camisa polo dominou o visual casual masculino como a única substituta viável para a camisa de mangas longas. Agora, a camiseta entra na briga por um espaço mais nobre nas horas de lazer — e até no look executivo descontraído, sob blazer. Claro que não se trata de qualquer camiseta. Hoje, os modelos aparecem em tecidos nobres (algodão, só se for do tipo egípcio, ou seda) ou em tramas caprichadas, caso do tricô da foto à esquerda, uma proposta da italiana Z Zegna.
Vai pegar: Bermuda de surfe mais curta
A bermuda estilo surfista aparece inovada de duas maneiras. Sai o tecido sintético e entra o linho misturado com algodão. “Elas também vêm mais curtas, inspiradas nos modelos clássicos do início do surfe, nos anos 60”, diz Marcello Gomes, diretor de estilo masculino da Richards.
Vai pegar: Alpargatas para homens
Elas são o chinelo por excelência de espanhóis, italianos, uruguaios e argentinos — e um charme consagrado pelos marinheiros, que descobriram no século XIX a produção típica de Cervera, uma cidade na região da Catalunha. As sapatilhas com solado de juta (e variações de palha, por aqui) são uma alternativa para quem resiste aos modelos de dedo e dispensa a ideia de usar mocassins e sapatos de couro sem meia, uma proposta difícil de vingar num país cujo termômetro bate fácil os 35 graus no verão. “Elas vão bem na praia e na cidade”, diz José Eduardo Souza Aranha, sócio da Zapälla, que aposta nas versões coloridas e estampadas (R$ 199,00 o par).
Vai pegar: Uma estampa só da cabeça aos pés
Tem gente que vai tachar de pijama — e a ideia é um pouco essa. Agora, valem duas peças com o mesmo desenho, formando um conjuntinho de dar gosto às vovós e substituindo a mistura de listras e onças, poás com frutas tropicais das temporadas passadas. “A vantagem da estampa única é que a silhueta fica mais linear, mais harmônica”, diz o estilista Reinaldo Lourenço, autor da blusa e calça cigarrete de organza estampada de poodles coloridos ao lado. Para quem acha que é demais, um aviso: se bolsas e sapatos entrarem na (mesma) estampa, tanto melhor.