Festival Mix Brasil apresenta mais de 100 filmes de conteúdo GLS
CineSesc, Centro Cultural São Paulo, Cine Olido, Espaço Unibanco e MIS integram o circuito
Gays, lésbicas, bissexuais, transgêneros, uma garotinha que se passa por menino, uma mulher prestes a virar homem, uma jovem transexual apaixonada por um gay… São vários os tipos e nem tão comuns as histórias com exibição programada para o Festival Mix Brasil a partir de sexta (11). CineSesc, Centro Cultural São Paulo, Cine Olido e Espaço Unibanco integram o circuito até o dia 17 — o MIS prossegue por mais três dias. Estão agendados 71 curtas e 54 longas-metragens de conteúdo GLS, alguns pesados e outros dirigidos a todas as plateias.
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Do Festival de Berlim, chegam dois vencedores do Teddy, prêmio destinado às fitas gays. No francês “Tomboy”, laureado pelo júri, uma menina de 10 anos troca de bairro e aproveita a oportunidade para se passar por garoto. “Ausente”, recompensado como melhor filme, marca outro golaço do cinema argentino ao tratar da atração de um adolescente de 16 anos por seu professor de natação hétero. Também da América do Sul, vale uma espiada no chileno “Meu Último Round”, sobre a paixão de um boxeador por um ajudante de cozinha. Da chuvosa região de Osorno, no sul do Chile, eles partem para Santiago, a fim de começar, em segredo, uma vida a dois.
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A Alemanha mandou três bons representantes. Na seara da ficção, “A Colheita” flagra o amor de dois rapazes numa escola agrícola e “Romeus” surpreende pelo enredo: uma moça às vésperas de fazer cirurgia de mudança de sexo se apaixona por um fervido rapaz homossexual. Dedicado ao documentário nos últimos tempos, o experiente diretor Rosa von Praunheim ressurge em “Garotos de Programa em Berlim”.
Ainda do cinema-verdade, devem atrair filas “Como Me Tornei Chaz”, a respeito da metamorfose da filha da cantora Cher em homem, e “O Casamento”, registro da longa união entre uma transexual uruguaia de 65 anos e um pedreiro setentão. Arrasadoramente triste, “Estávamos Aqui” traz cinco americanos à frente da câmera para relembrar a época do desbunde em São Francisco no fim da década de 70 e, na sequência, a terrível epidemia da aids. O mote lésbico não foi esquecido e comparece nos longas “80 Dias”, da Espanha, e “Gigola”, da França.