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Local onde Mingau foi baleado é dominado por traficantes, diz delegado

Ainda segundo as investigações, tiros ao carro que a vítima dirigia podem ter partido de integrantes do Comando Vermelho

Por Redação VEJA São Paulo Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO
Atualizado em 3 set 2023, 14h27 - Publicado em 3 set 2023, 14h14
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O músico Rinaldo Oliveira Amaral, mais conhecido como Mingau (Instagram/Reprodução)
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O local onde o baixista da banda Ultraje a Rigor, Rinaldo Oliveira Amaral, 56, mais conhecido como Mingau, foi baleado na cabeça é dominado por traficantes e um conhecido ponto de venda de drogas ilícitas, segundo o delegado Marcello Russo, titular da delegacia de Paraty, no Rio, onde o crime aconteceu. Ele informou que o caso foi registrado como tentativa de homicídio. 

Mingau está sendo transferido por uma aeronave com UTI para o Hospital São Luiz, no Itaim, na zona sul da capital paulista, segundo informou a equipe da banda.

O caso aconteceu na noite de sábado (2). O músico passava de carro com um amigo perto da Praça do Ovo, no bairro Ilha das Cobras, quando o veículo foi atingido por disparos efetuados por criminosos armados. Ele foi socorrido pelos bombeiros e levado ao Hospital Municipal Hugo Miranda, em Paraty. O amigo, que estava no banco do carona, conseguiu se desvencilhar dos tiros e não se feriu.

Segundo o delegado, há indícios fortes de que os tiros partiram de integrantes da facção Comando Vermelho. “É provável que, ao passar pelo quebra-molas, o carro tenha chamado a atenção dos criminosos”, diz Russo. Depois dos disparos, o veículo perdeu o controle e bateu no portão de uma casa próxima.

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Mudança de versões

Ainda de acordo com Russo, o amigo que estava com Mingau disse em depoimento à polícia que eles foram até lá para fazer um lanche. Porém, de acordo com depoimentos não oficiais de policiais que atenderam a ocorrência, o homem havia dito inicialmente que eles iam comprar drogas no local.

“Trabalhamos com depoimento oficial, então isso ainda precisa ser confirmado. No depoimento oficial, na delegacia, ele disse que iam fazer um lanche. Eu, particularmente, acho isso pouco provável. Ninguém vai à Ilha das Cobras para fazer um lanche, não tem onde fazer um lanche ali. Há vários restaurantes e lanchonetes ao longo do centro histórico e da via principal, não lá”, diz o delegado.

Russo ainda afirmou que a perícia do local e do carro foi solicitada. “Estamos buscando vídeos de câmeras de segurança e de celulares de testemunhas, se alguém por ventura gravou alguma coisa”, diz.

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