Metade dos paulistanos fez bicos para complementar a renda em 2020

No mesmo ano, 43% relataram diminuição de ganhos; pesquisa da Rede Nossa São Paulo revelou também região da cidade com maior índice de desemprego

Por Redação VEJA São Paulo SEGUIR SEGUINDO
Atualizado em 24 fev 2021, 15h20 - Publicado em 24 fev 2021, 14h22

Imagem mostra pedestre caminhando de máscara e fones de ouvido na Avenida Paulista

Um levantamento realizado pela Rede Nossa São Paulo e Ibope Inteligência mostrou que 43% dos paulistanos tiveram diminuição de renda nos últimos 12 meses. Em 2019, o mesmo índice foi de 31%, ou seja, houve um aumento de 12 pontos percentuais.

A pesquisa entrevistou 800 moradores da cidade de São Paulo com 16 anos ou mais entre 5 de dezembro e 4 de janeiro de 2021. De acordo com os dados, praticamente metade da população fez bicos para complementar a renda durante o último ano e somente 10% teve um acréscimo de renda: 10% fizeram bicos em serviços gerais; 7% produziu alimentos em casa para venda; 5% trabalhou como ambulante ou camelô; 4% começou a produzir artesanato, entre outros.

De acordo com os dados, o que mais vem pesando no bolso dos paulistanos é a alimentação: para 50%, esse é o item de maior impacto no orçamento doméstico.

A pesquisa, chamada de Viver em São Paulo: Trabalho e Renda, também revelou que o índice de desemprego é de 15% na capital paulista, sendo que a região da cidade com o maior nível de desempregados é a Zona Sul, com 22%.

No campo do empreendedorismo, 41% dos entrevistados afirmaram que desejam ter um negócio próprio nos próximos 2 anos enquanto 25% pensa em trabalhar de forma autônoma e outros 19%, desejam um regime de trabalho com carteira-assinada.

Entre as maiores dificuldades relatas para abrir um negócio, a falta de recursos financeiros foi relatada por 65% dos que querem ter a própria empresa. Confira aqui a pesquisa completa.