MELHOR
Se Não Neste Tempo â Pintura Alemã Contemporânea: 1989-2010
Em ano inspirado, o Masp trouxe gravuras de Marc Chagall e colagens de Max Ernst, mas a principal atração foi a coletiva dedicada à pintura alemã contemporânea, em cartaz até 30 de janeiro. Fruto do esforço do curador Teixeira Coelho, a mostra foi organizada exclusivamente para São Paulo — o normal, em casos de grandes exposições internacionais, é trazer uma montagem que tenha circulado por outros países. Variada, a seleção reúne tanto artistas figurativos, como Werner Büttner, quanto abstratos, e aborda questões políticas relacionadas à antiga divisão da Alemanha. Destaque para Gerhard Richter, presente com três óleos espetaculares.
PIOR
Fast Forward â Arte Contemporânea Britânica no Brasil
Apesar de composta de obras assinadas por dezessete nomes bem comentados do cenário britânico, pouco se salvava na montagem exibida no Centro Britânico Brasileiro, em Pinheiros. Não faltaram elementos kitsch, a exemplo do coração em neon de Tracey Emin e das pinturas em cores berrantes de Michael Craig-Martin. Mais conhecido pelos golpes de marketing do que pelo talento, Damien Hirst apresentou fotogravuras medíocres, retratando caveiras e borboletas. Até mesmo Anish Kapoor, famoso pelas impressionantes esculturas em grandes proporções, decepcionou ao apostar em gravuras de efeitos luminosos.