Os organizadores da página do Facebook Não foi o Marcelo Eduardo Bovo Pesseghini convocaram para esta sexta (16) um ato em defesa do garoto. Será às 18 horas em frente ao Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), no bairro da Luz, na região central de São Paulo. Até agora, são pouco mais de 360 confirmados e mais de 6 mil convidados para a manifestação. Mas a página, criada no último dia 7, já tem mais de 23 mil seguidores.
Nas redes sociais, as pessoas continuam duvidando da principal linha de investigação da polícia, que é a de que o menino Marcelinho, de 13 anos, teria matado os pais, a avó, a tia e depois se suicidado. O Facebook do colégio onde ele estudava, o Stella Rodrigues, na Freguesia do Ó, também está repleto de mensagens solidárias ao garoto. Diretora, professores e alunos da escola não se pronunciam sobre o ocorrido. Em frente à instituição, na Rua Professor João Machado, um muro está pichado com os dizeres “Marcelinho inocente”.
A mesma frase também foi escrita na Rua Dom Sebastião, na Brasilândia, onde a família morava. A casa, que já estava pichada desde a manhã seguinte à descoberta do crime com a frase “Que a verdade seja dita”, agora está tomada por riscos, símbolos e letras ininteligíveis. O portão branco da entrada também foi forçado – os vizinhos não sabem precisar se foi uma tentativa de invasão ou se já estava assim.
Até agora, 29 pessoas prestaram depoimento à polícia sobre o caso. É esperado para sexta o resultado de pelo menos um dos cinco laudos periciais que podem confirmar a autoria do crime e o horário das mortes.
Caso
Luis Marcelo Pesseghini pertencia à Rota (Rondas Ostensivas Tobias de Aguiar) e sua mulher, Andréia Regina Bovo Pesseghini, era cabo da PM. O casal e o filho, Marcelo Eduardo Bovo Pesseghini, foram encontrados mortos por disparo de arma de fogo na sala de casa. Segundo a Secretaria de Segurança Pública (SSP), um revólver .40 foi achado na mão esquerda do menino, sob o seu corpo.
Em uma outra casa, no mesmo terreno, a mãe de Andréia, Benedita Oliveira Bovo, e sua tia, Bernadete Oliveira da Silva, foram encontradas mortas em camas diferentes, mas no mesmo quarto. Na garagem havia uma mochila com uma faca, uma pistola 32 e outros objetos.De acordo com a SSP, uma vizinha teria estranhado o fato da casa estar aberta, com as luzes acesas e ninguém atender. Por isso, chamou a polícia.