Guerra das unhas no Jardim Europa
Vania Ribeiro e Ana Hara romperam parceria. Leia a versão de cada uma
As garras andam afiadas no universo das manicures. Dona do salão Artisalus, Vania Ribeiro usava um espaço dentro do spa Hara, no Jardim Europa, de propriedade de Ana Hara. Vania presta serviços de manicure com produtos da marca alemã Alessandro Internacional — aplicar unhas de gel custa 210 reais. As apresentadoras Carla Vilhena e Gianne Albertoni são clientes. Por contrato, Vania repassa 25% de seu faturamento mensal de cerca de 160 000 reais para Ana. Mas a parceria ruiu. A versão de cada uma:
Vania Ribeiro, por que sua empresa vai deixar o spa Hara?
A Ana é gananciosa. Repasso 25% do meu faturamento, como acertado em contrato. Dei 42 600 reais só em dezembro, mas ela quer me tirar daqui para poder ganhar tudo sozinha. Para isso, tem feito coisas horríveis.
Poderia dar exemplos?
Ela colocou seguranças em frente à sala onde trabalho, com o objetivo de me intimidar. Além disso, proibiu minhas funcionárias de usar o banheiro. As coitadas estão urinando em potes de Tupperware. Depois jogam no ralo. É desumano.
A Ana diz que sua matéria-prima é nacional…
Nunca faltou o gel alemão, mas materiais simples como lixa de unha e algodão compramos aqui no Brasil. Tive problemas com a importação.
Ana Hara, por que pediu a saída dela?
Fui enganada. Vi que a qualidade do atendimento caiu. Algumas clientes, por exemplo, tiveram fungo e micose nas unhas. A Vania alegava que isso era resultado de manutenção inadequada. Ela é mentirosa. Quem frequenta meu spa não lava louça.
E não se trata de manutenção inadequada?
Claro que não. Ela usa material comprado na Liberdade. Chegou a dizer que um contêiner com os produtos da Alemanha caiu no mar.
Como tentou resolver a questão?
Solicitei as notas fiscais dos itens importados e os comprovantes de pagamento das funcionárias. Ela não tem nada. Está tudo ilegal. Meu spa tem reputação. Não posso manter parceria com essa gente. A Vania fica aqui até o dia 27 de março por causa de uma liminar judicial. Depois, rua.