Inspirado em uma iniciativa do Museu de Arte Moderna de Nova York (MoMA), o Núcleo Contemporâneo do MAM comemora uma década de existência com uma coletiva de 32 obras. São trabalhos pinçados pelo curador Felipe Chaimovich em uma coleção de 169 peças adquiridas. Destinado à formação e discussão de um acervo de arte contemporânea e de cunho mais experimental, além do propósito de fortalecer o vínculo do público com o gênero, o programa reúne hoje 180 associados. Por meio de uma anuidade individual de R$ 714,00 (ou R$ 1 208,00 para o casal), esses mecenas não pagam entrada no museu, ganham descontos na loja e no restaurante do espaço e podem participar de visitas guiadas a mostras antes da inauguração, a ateliês de artistas e a outras instituições — em 2009, por exemplo, os sócios viajaram até o Instituto Inhotim, em Brumadinho (MG).
Alguns dos nomes mais importantes em atividade no país têm trabalhos presentes na mostra Dez Anos do Núcleo Contemporâneo. Os fotógrafos Miguel Rio Branco e German Lorca dialogam com a história da pintura em Homenagem a Mondrian (1960) e Morandi Perverso (1993), respectivamente. Destacam-se também a instalação O Telhado (1998), do baiano Marepe, na qual apenas as telhas da casa são colocadas no chão, e a série de colagens L’Osservatore Romano, sarcástica investida do argentino León Ferrari contra os dogmas da Igreja e o autoritarismo do regime militar em seu país nos anos 70. No percurso da exposição, os visitantes encontram ainda criações de Vik Muniz, José Damasceno, Rivane Neuenschwander, Claudia Andujar, Leda Catunda.
Dez Anos do Núcleo Contemporâneo. MAM — Sala Paulo Figueiredo. Parque do Ibirapuera, portão 3, tel.: 5085-1300. Terça a domingo e feriados, 10h às 18h. R$ 5,50. Grátis aos domingos para todos os visitantes; nos demais dias, apenas para menores de 10 anos e pessoas com mais de 65. Até 4 de abril. A partir de terça (12).