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Justiça fecha acordo com banco que movimentou milhões Maluf

Deutsche Bank vai pagar 20 milhões de dólares por ter recebido dinheiro vinculado ao ex-prefeito de São Paulo

Por Veja São Paulo
Atualizado em 5 dez 2016, 13h56 - Publicado em 20 out 2014, 17h23

A Justiça homologou um acordo feito entre o Ministério Público, a prefeitura de São Paulo e o Deutsche Bank no qual o banco aceita pagar 20 milhões de dólares de danos materiais e morais por ter recebido recursos vinculados a Paulo Maluf (PP-SP) e a seus familiares. Em troca do montante, o banco não será alvo de ação judicial.

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O valor total será dividido entre as partes envolvidas, sendo que a maior parte, de 18 milhões de dólares, irá para o município de São Paulo e deverá ser usado para a construção de creches. Cerca de 1,5 milhão de dólares vão para o estado de São Paulo, 300 000 para o Fundo Estadual de Interesses Difusos, e 200 000 para custear perícias e outras despesas em outros processos que envolvem Maluf.

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O Ministério Público será responsável por acompanhar a aplicação dos recursos, que devem ser depositados nas contas do estado e do município em até 45 dias.

Segundo a Promotoria, o banco lucrou 1 milhão de dólares com operações financeiras em que foram movimentados mais de 200 milhões de reais. O dinheiro, de acordo com o Ministério Público, foi desviado das obras do túnel Ayrton Senna e da Avenida Jornalista Roberto Marinho, quando Maluf foi prefeito de São Paulo (1993-1996).

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 Candidatura

Paulo Maluf ainda espera que o recurso à impugnação de sua candidatura seja julgado pelo Tribunal Superior Eleitoral. Nas últimas eleições do dia 5 de outubro ele recebeu 250 810 votos, e foi o oitavo mais votado em São Paulo.

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No dia 23 de setembro, por 4 votos a 3, o TSE decidiu impugnar a candidatura do ex-prefeito e ex-governador. Ele foi enquadrado na lei da Ficha Limpa depois de ter sido condenado pelo Tribunal de Justiça por irregularidades na construção do túnel Ayrton Senna, em 1996, quando administrava a capital paulista.

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O recurso está na assessoria do plenário, esperando para entrar na pauta do TSE e não existe prazo para ser julgado.

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