Justiça amplia penalidade pela greve e multas a sindicatos chegam a 3,5 milhões
Sindicatos terão que pagar valor pelo descumprimento da liminar que impõe 100% do efetivo em horários de pico
A Justiça do Trabalho de São Paulo decidiu aumentar o valor da multa diária aplicada para os sindicatos dos funcionários do Metrô e da CPTM (Companhia Paulista de Trens Metropolitanos), que entraram em greve unificada com a Sabesp nesta terça-feira (3). O valor chega a 3,5 milhões de reais.
Os ferroviários terão que pagar 1,5 milhão de reais. A juíza Raquel Gabbai de Oliveira determinou que os três sindicatos da CPTM (Sindicato dos Trabalhadores em Empresas Ferroviárias de São Paulo, Sindicato dos Trabalhadores em Empresas Ferroviárias da Zona Central do Brasil e Sindicato dos Trabalhadores em Empresas Ferroviárias da Zona Sorocabana) sejam multados em 500 mil reais cada pelo descumprimento da liminar que impõe 100% do efetivo em horários de pico e 80% nos demais horários desta terça-feira (3).
Oliveira também estipulou que os sindicatos do Metrô (dos Trabalhadores em Empresas de Transportes Metroviários e em Empresas Operadoras de Veículos Leves) paguem 1 milhão de reais cada, pelo descumprimento da mesma liminar. Com isso, o valor total da multa à categoria chega a 2 milhões de reais.
Na semana passada, a Justiça determinou uma multa de 500 mil reais, no total, para todas as entidades envolvidas na greve.
Em comunicado, o Tribunal do Trabalho da 2ª Região informou que “a majoração tem como objetivo evitar que os transtornos ocorridos na parte da manhã desta terça-feira se repitam no próximo horário de pico, à tarde”. No entanto, a paralisação continuou.
A greve de 24 horas foi aprovada pelos sindicatos em protesto contra as privatizações defendidas pelo governo estadual.
Apenas quatro linhas metroferroviárias funcionam na cidade: a Linha 4-Amarela, administrada pela ViaQuatro, e as linhas 5-Lilás, 8-Diamante e 9-Esmeralda, concedidas para a ViaMobilidade.
Na noite desta terça (3), os sindicatos decidiram suspender a greve.