Jovem é assassinada dentro da Galeria do Rock
Responsável pelo crime tentou fugir, mas foi pego pela polícia logo em seguida
Uma jovem identificada apenas como Renata foi morta ontem (11) em uma lanchonete no subsolo da Galeria do Rock, no centro de São Paulo. O crime aconteceu por volta das 16h e tanto o assassino quanto a vítima eram frequentadores assíduos do local.
Segundo testemunhas, Renata estava na galeria desde 11h e bebia cerveja no balcão da Lanchonete Kuroda quando foi abordada por uma mulher com uma criança de colo. Elas discutiram por alguns minutos e a mulher foi embora. Logo em seguida, o tatuador Rodolfo Preising de Almeida Lopes, de 28 anos, entrou na lanchonete e atacou Renata no pescoço com um canivete. Ela morreu na hora. De acordo com a Secretaria de Segurança Pública (SSP), Renata estava sem documentos quando foi morta, mas aparentava ter 25 anos.
Do lado de fora da lanchonete, segundo a polícia, dois homens “em situação suspeita” estavam com Rodolfo: Eduardo Thomé Nunes santos, de 35 anos, e Ricardo Gabriel de Jesus Inácio, de 26. Os três tentaram fugir pela Avenida São João, mas foram detidos por policiais militares que faziam a ronda da Operação Delegada no centro e por guardas civis metropolitanos (GCM). O caso está sendo investigado no 3º Distrito Policial, no bairro de Campos Elíseos, no centro, e os suspeitos estão presos.
Rodolfo nega o crime, que foi gravado por câmeras de segurança. Com o tatuador, foram apreendidos um pedaço de madeira, um machado e um canivete com restos de sangue. Ele já tinha passagem pela polícia por furto e agressão, segundo confessou em depoimento.
A testemunha mais importante do caso é Orlando Kuroda, de 52 anos, dono da lanchonete, que está na Galeria do Rock desde 1989. Segundo Orlando, Renata e Rodolfo são ex-namorados e pertencem a grupos punks que frequentam a galeria diariamente. A mulher com uma criança que discutiu com Renata seria a atual namorada de Rodolfo que, antes de matar Renata, teria dito: “você não deveria ter falado assim da minha mulher”.
Kuroda conhecia os dois e disse que eles eram “encrenqueiros”. “Ela nunca pagava pela bebida, alguém sempre comprava lanche para ela. A Renata até já me roubou uma vez, mas deixava ela frequentar a lanchonete para não criar mais confusão”, contou o dono. “Rodolfo também não era boa pessoa”.
Uma das hipóteses para o assassinato, além da briga entre o ex-casal, seria porque Renata teria aderido a um grupo de rival ao de Rodolfo.