O estilo Jatene segundo renomados colegas de profissão
Saiba a opinião de médicos como o oncologista Drauzio Varella sobre o cardiologista
Drauzio Varella, oncologista
“É uma unanimidade e sempre se cercou de gente competente. Só ouvi críticas sobre a atuação em áreas administrativas, mas não sei se ele teria condições de proceder de modo diferente. Quando a cardiologia começou a se estabelecer no Brasil, o Incor (liderado por ele) se destacou. Muitos políticos se tratavam lá. Ao mesmo tempo, o hospital precisava de verba. Isso criava uma relação complicada, já que o hospital é público.”
Aron Andrade, engenheiro biomédico
“Convivemos atualmente no Dante Pazzanese. Para ele, não há obstáculo que não possa ser ultrapassado. Adib sempre diz: ‘Se alguém já fez, é possível fazer. Se ninguém nunca fez, temos de encontrar um meio’. Detesta corpo mole. Se demoram a fazer o que pediu, deixa essa pessoa de lado e pede a outro. Se o profissional vai ao banco no meio do expediente, ele fica chateado.”
+ Roberto Kalil Filho, o médico famoso dos famosos
+ A saúde do Incor corre risco
Roberto Kalil Filho, cardiologista
“Dizem que faço jornadas muito longas, e era sempre bom escutar do professor Adib: ‘Trabalho não mata. O que mata é raiva’. Falar com ele é animador. No ano passado, quando estudava para o concurso de professor titular da cardiologia da USP, às vezes eu ficava um pouco cansado e deprimido, mas era só ser recebido em sua sala e ouvir ideias para a saúde pública que saía extremamente motivado.”
Sergio Almeida de Oliveira, cirurgião cardíaco
“O doutor Adib quase nunca tira férias e é uma pessoa muito séria, apesar de cordial. Rigoroso com horários, não tolera atrasos, mas sem crueldade. Quando sofreu o infarto, que a todos surpreendeu, o fato de ter corrido para o hospital fez toda a diferença. A maioria dos médicos é mais displicente com a própria saúde.”
Nabil Ghorayeb, cardiologista
“Acompanhei muitas cirurgias feitas por ele nos anos 70, quando eu era residente. Em uma delas, na qual o paciente teve infarto gravíssimo, percebeu que precisaria de um sistema de irrigação extra para as coronárias, mas não havia instrumento para fazer essa função. Apelou para o estilo heroico: improvisou cortando um tubo de soro e em instantes o mecanismo estava funcionando.”