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Intoxicação por metanol: estoque de antídotos é insuficiente, alerta Unicamp

Substâncias que inibem a reação tóxica do metanol no organismo têm acesso limitado no país

Por Redação VEJA São Paulo Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO
1 out 2025, 11h30
Casos de intoxicação por metanol deixa população em alerta
Casos de intoxicação por metanol deixam população em alerta (João Valério/Governo de SP/Divulgação)
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O Centro de Informação e Assistência Toxicológica (CIATox) da Universidade de Campinas (Unicamp) informou na terça-feira (30) que o estoque brasileiro de antídotos para tratar os casos de intoxicação por metanol é insuficiente.

Existem duas substâncias capazes de inibir a reação tóxica do metanol no organismo: o fomepizol, que não é oferecido no Brasil, e o etanol puro, que enfrenta restrições no fornecimento.

As duas substâncias inibem a álcool desidrogenase (ADH), enzima responsável por transformar o metanol em formaldeído e, subsequentemente, em ácido fórmico, durante a metabolização no fígado. O ácido é altamente tóxico e pode gerar reações graves no organismo, como cegueira e até morte.

Casos de intoxicação

Sete casos de intoxicação por metanol, com suspeita de consumo de bebida adulterada, foram confirmados, segundo dados do Centro de Vigilância Sanitária do Estado de São Paulo. Outros 15 casos seguem em investigação. Até agora, cinco mortes foram registradas, quatro delas na capital paulista e uma em São Bernardo do Campo.

Sinais e sintomas de alerta para intoxicação por metanol

A intoxicação por metanol pode levar à cegueira permanente e apresenta risco de morte. O metanol pode estar presente em bebidas alcoólicas clandestinas e adulteradas, além de produtos como combustível, solventes e líquidos de limpeza.

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De acordo com a Secretaria de Saúde, o paciente com quadro incomum após ingestão de bebida alcoólica deve procurar atendimento médico imediato, realizar exames laboratoriais e avaliação oftalmológica. Os sintomas de alerta são dores abdominais intensas, tontura e confusão mental. O socorro em até 6h após o início dos sintomas é fundamental para evitar o agravamento.

Principais sintomas:

  • Iniciais (até 6 horas após ingestão): dor abdominal intensa, sonolência, falta de coordenação, tontura, náuseas, vômitos, dor de cabeça, confusão mental, taquicardia e pressão arterial baixa;
  • Entre 6 horas e 24 horas: visão turva, fotofobia, visão embaçada, pupilas dilatadas, perda da visão das cores, convulsões, coma, acidose metabólica grave. Em casos mais graves, o paciente pode evoluir para cegueira irreversível, choque, pancreatite, insuficiência renal, necrose de gânglios da base com tremor, rigidez e lentidão dos movimentos.
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