Polícia descobre sangue no veículo de empresário encontrado morto em Interlagos
Empresário Adalberto Amarilio desapareceu e foi encontrado sem vida em buraco

A Polícia Civil de São Paulo descobriu vestígios de sangue no veículo do empresário encontrado morto em um buraco em uma obra no Autódromo de Interlagos na última terça-feira (3), quatro dias após o desaparecimento
Os peritos do Instituto de Criminalística identificaram manchas consideráveis de sangue ao lado da porta, no piso traseiro, atrás do banco do passageiro e no banco de trás do carro de Adalberto Amarillo Júnior, de 35 anos.
A Polícia Civil solicitou uma análise de confronto genético para determinar se o material biológico pertence ao empresário. Testes preliminares indicaram que o sangue é de origem humana.
A diretora do DHPP (Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa), Ivalda Aleixo, diz que a principal linha de investigação é de que houve um crime.
O corpo foi localizado sem calça nem calçado, mas sem marcas visíveis de agressão ou sangue. Escoriações superficiais foram identificadas e estão sendo analisadas para determinar se ocorreram em vida ou depois da morte.
De acordo com legistas, a causa da morte foi compressão torácica.
Segundo a Polícia Civil, as equipes da DHPP permanecem empenhadas na coleta de depoimentos de familiares e testemunhas e aguarda a finalização de todos os laudos solicitados para auxiliar no esclarecimento da dinâmica do caso.
O evento em que o empresário participou foi o Moto Festival de Interlagos, que aconteceu entre 29 de maio e 1º de junho e reuniu lançamentos de veículos, expositores e atrações musicais, como Matuê, Pedro Sampaio, Titãs e Charlie Brown Jr. A edição voltada para carros acontece no mesmo local, de 11 a 15 de junho.
Segundo depoimento de um amigo à polícia, Adalberto consumiu maconha e oito cervejas durante o evento. Ao se despedirem, o empresário teria dito que voltaria ao próprio carro, mas não há imagens que confirmem seu deslocamento até o estacionamento.
O corpo foi localizado a aproximadamente 200 metros do local do desaparecimento.