A emoção do garoto Theo ao ouvir os primeiros sons
Imagens mostram evolução do menino paulistano após implante coclear: da surdez nos primeiros meses de vida à audição perto da perfeição
Postada no YouTube, o vídeo em inglês com um bebê ouvindo pela primeira vez graças a um aparelho auditivo, se espalhou na internet e teve, entre domingo (31) e o começo da noite de sexta (5), cerca de 4,7 milhões de visualizações.
Em São Paulo, a história de um outro garoto, Theodoro Frisene Pimenta, conquistou espontaneamente no YouTube 6 500 acessos desde outubro de 2012, apesar de nunca ter tido grande divulgação. Na edição brasileira, o paulistano, hoje com 6 anos, aparece em várias fases: com cerca de seis meses, em nível quase total de surdez, até os 4 anos, quando já ouvia muito bem. Atualmente, sua audição vai se aproximando da perfeição.
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No meio do caminho, está uma cirurgia feita no primeiro ano de vida, na qual ganhou um implante coclear. O vídeo mostra o estranhamento do dia em que ouviu os primeiros sons.
O aparelho permite uma sensação de ouvir próxima à fisiológica. A parte interna, implantada na operação de forma definitiva, possui um receptor e um estimulador. A externa, que será trocada diversas vezes ao longo da vida, tem um microfone, um microprocessador de fala e um transmissor.
O pai, o jornalista Edward Pimenta, preparou o vídeo para dividir com parentes e amigos a boa evolução do garoto, além de divulgar a cirurgia para famílias com o mesmo problema.
“Sabemos que o início é bem doloroso”, diz ele. “Suspeitávamos da deficiência auditiva até que, por volta dos seis meses de idade, um despertador, daqueles antigos e barulhentos, tocou do lado dele e nada aconteceu. Foi quando dissemos: ‘Precisamos fazer alguma coisa'”, recorda.
Não demorou até encontrarem o otorrinolaringologista Robinson Koji Tsuji. A operação, no Hospital Israelita Albert Einstein, com custos cobertos pelo plano de saúde, aconteceu cerca de um semestre depois, após uma série de exames, que constataram a surdez severa, mas não indicaram suas causas. Testes genéticos, que Edward e a mulher, Laura, pretendem fazer no futuro, tentarão mapear a predisposição familiar para a deficiência.
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