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Jovem é encontrado morto em Pinheiros com saco plástico na cabeça

Caso levou a boatos entre a comunidade gay de São Paulo de um suposto 'serial killer', mas não há, até o momento, evidências que sustentem a tese

Por Guilherme Queiroz
Atualizado em 11 mar 2022, 17h42 - Publicado em 11 mar 2022, 17h28
Imagem mostra Wellington em selfie embaixo de toldo de bar, sentado em cadeira
Wellington Cardoso, encontrado morto em Pinheiros (Reprodução Facebook/Divulgação)
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Wellington Henrique Cirino Cardoso tinha 25 anos de idade e cursava administração na Universidade Federal de São Paulo. Pouco antes de ser encontrado morto no dia 3 de março, uma quinta-feira, o rapaz estava radiante, segundo relatam amigos: tinha acabado de se mudar para um novo apartamento, na esquina da Rua Matheus Grou com a Arthur de Azevedo, em Pinheiros.

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A morte repercutiu nas redes sociais e logo começaram boatos sobre um suposto “serial killer” que estaria matando homens gays em São Paulo. O caso do ator Luiz Carlos Araújo, encontrado morto em setembro do ano passado, também com um saco plástico na cabeça, foi citado. Não há, contudo, evidências que sustentem a hipótese até o momento.

A MORTE DE WELLINGTON

Os últimos dias de vida do jovem, natural de Santa Cruz do Rio Pardo, foram de festa. Acompanhado de amigos, curtiu a noite em baladas paulistanas entre a segunda e a terça-feira de Carnaval. Na quarta-feira, dia 2 de março, não respondia mais os colegas no WhatsApp, causando preocupação.

“Quando eu mandei uma mensagem e vi que não foi recebida pelo telefone achei estranho”, lembra Marcela Lopes, 48, amiga próxima da vítima e advogada criminalista, representando a família no caso. Na quinta, com as suspeitas de que algo poderia estar errado, outro amigo se dirigiu até o apartamento e encontrou o rapaz morto no chão do próprio quarto, com sacos plásticos amarrados na cabeça.

De acordo com o boletim de ocorrência do caso, ao qual a reportagem teve acesso, os vizinhos acionaram a polícia após o corpo ser encontrado. Wellington trajava um terno azul que ainda continha a etiqueta da loja e também estava com um pedaço de pano amarrado ao redor do pescoço. Embaixo de sua cabeça havia uma poça de sangue.

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Próximo do corpo, uma camisinha usada e, na região da barriga, um pó de cor branca. A família e os amigos descartam suicídio e acreditam na hipótese de assassinato. O rapaz usava drogas, mas não cometia excessos, dizem pessoas próximas. No chão do quarto e na cama, objetos pessoais, roupas e calçados estavam revirados.

“A gente tem certeza absoluta que não é suicídio. Eu falei com ele dois dias antes e ele estava empolgadíssimo sobre o apartamento”, diz Monica, que conta que antes de se mudar Wellington já morava em Pinheiros. “Ele tinha esse costume de marcar encontros por aplicativos e as circunstâncias que ele foi encontrado, casa revirada, sangue embaixo da cabeça…”, afirma Marcela, que também acredita que o amigo foi assassinado.

O caso foi registrado como morte suspeita no 14º DP de Pinheiros.

SUPOSTO SERIAL KILLER

Após a morte de Wellington, centenas de contas no Twitter começaram a aventar a possibilidade de um “serial killer” atuar na cidade, fazendo como vítimas homens gays com contas em aplicativos de namoro.

O UOL revelou ainda um terceiro caso de um homem que foi encontrado morto com um saco plástico na cabeça na Mooca. O gerente de um hotel encontrou a vítima, de 39 anos de idade, sem vida em cima da cama de um quarto. De acordo com o site, até o momento a principal hipótese é de suicídio.

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Procurada, a Secretaria de Segurança Púbica (SSP) disse que, até o momento, não há relação entre as mortes. “O caso é investigado por meio de inquérito policial pelo 14º DP que atua em buscas de elementos que auxiliem no esclarecimento dos fatos. Detalhes serão preservados para garantir autonomia ao trabalho policial.”

 

 

 

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