Para Haddad, dívida da capital será zerada até 2030
Mudança no indexador foi aprovada pelo Senado na quarta e seguirá para sanção presidencial
O prefeito Fernando Haddad (PT) disse nesta quinta (6), que, com a aprovação da renegociação da dívida dos estados e municípios com a União, aprovada pelo Senado, São Paulo não terá mais dívidas em 2030.
A capital paulista deve 57 bilhões de reais à União, contra um total de 11,3 bilhões na década de 1990, quando começou a valer o modelo atual de correção derrubado pelo Senado: IGP-DI mais 9% ao ano.
A proposta de revisão do indexador da dívida foi aprovada por unanimidade por 61 senadores presentes no plenário na quarta e vai seguir para a sanção presidencial.
Com ela, o indexador das dívidas atuais, o IGP-DI mais 6% a 9% ao ano, deve ser trocado pelo IPCA mais 4% anual ou pela taxa Selic (atualmente em 11,25% ao ano), o que for menor dos dois no momento. O fator de correção terá efeito retroativo.
O prefeito também afirmou que, com a decisão desta quarta, a capacidade de investimento da prefeitura vai dobrar nos próximos quatro anos. Atualmente, é de 4 bilhões de reais, segundo o prefeito. “Nós devemos superar os 7 bilhões de reais em quatro anos”, disse.
Haddad classificou a decisão como um “projeto estrutural para cidade de São Paulo” e afirmou ser um passo importante para a principal cidade do país voltar “gradualmente” a investir a partir do próximo ano.
“Não é nada que vá acontecer do dia para a noite, não vamos vender ilusões. Mas a situação é explosiva, nós estávamos em uma trajetória de insolvência e agora estamos numa trajetória de solvência. Vamos pagar nossa dívida e abrir espaço para novos investimentos”, disse Haddad.
(Com Estadão Conteúdo)