Grandes grifes ganham mercado com bolsas masculinas
Carregadas a tiracolo ou na mão, produtos em lona, náilon e couro vêm aparecendo nas ruas da cidade
Na história da evolução da espécie dos acessórios de moda, os homens conviveram com ancestrais como a capanga e a pochete, itens que tiveram seus momentos de glória nos anos 70 e 80, respectivamente, mas acabaram sendo tragados para um merecido limbo. Sobrou o eterno dilema de como carregar por aí documentos e outros pertences sem atropelar a elegância. A solução que vem aparecendo nas ruas da cidade são versões de bolsas masculinas para ser carregadas a tiracolo ou na mão. Há produtos de lona, náilon e couro oferecidos a preços entre 200 e 800 reais. “As vendas desse item representam hoje 10% do meu faturamento”, afirma o estilista Sergio K, dono da rede de lojas que leva o seu nome, com seis endereços na região metropolitana.
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Um dos fatores que desencadearam o fenômeno foi a popularização de equipamentos como notebooks e tablets. “A bolsa dá um ar descolado e é prática, pois serve para carregar tudo de que precisamos”, afirma o consultor de imagem Fabio Garcia, que tem uma coleção com mais de 150 exemplares. Ele é tão aficionado ao negócio que largou em agosto de 2010 um emprego de executivo na Microsoft para lançar um site dedicado ao assunto. O Bolsas de Valor (www.bolsasdevalor.net) acaba de completar um ano, com uma média de 15.000 visitantes únicos por mês.
Para os especialistas, a onda atual expressa uma tendência recorrente do guarda-roupa masculino de copiar a indumentária feminina. “Isso começou nos anos 60, com os hippies”, diz João Braga, professor de história da moda da Faap. Quem entende do assunto já enxerga outras novidades num horizonte próximo. A mais curiosa delas envolve o revival da capanga, ressuscitada (quem diria) em desfiles no exterior.
A TIRACOLO OU PARA CARREGAR NA MÃO
Exemplos de ofertas de algumas grifes para vários tamanhos de bolso