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Governo vai multar Bombardier por atraso em sistema de trens

A autuação, que será aplicada pelo Metrô, poderá chegar a 30 milhões de reais

Por Estadão Conteúdo
Atualizado em 5 dez 2016, 12h10 - Publicado em 19 ago 2015, 09h58
Geraldo Alckmin
Geraldo Alckmin (Luciano Claudino/Folhapress/)
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O governo do estado de São Paulo vai multar a empresa Bombardier, contratada para modernizar o sistema de controle de trens do Metrô, após atraso na entrega da obra. O novo sistema está em teste há quatro anos. O secretário estadual de Transportes Metropolitanos, Clodoaldo Pelissioni, informou nesta terça-feira (18), que a multa será aplicada pela Companhia do Metropolitano (Metrô) e pode chegar a 30 milhões de reais. A empresa já foi notificada.

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O atraso da gestão Geraldo Alckmin (PSDB) para concluir a extensão das linhas 5-Lilás e 15-Prata (monotrilho), e da Bombardier em instalar o novo sistema, chamado de CTBC (sigla em inglês para Controle de Trens Baseado em Comunicação), tem mantido paradas 31 novas composições.Esses trens adquiridos são mais modernos que o atual sistema operacional dos trilhos, que não estão preparados para operar com a nova tecnologia.

“É evidente que houve, por parte da Bombardier, contratada para fazer o sistema CBTC, atraso em seu cronograma. Aliás, nós temos um processo de multa em curso, que está em cerca de 30 milhões de reais”, disse o secretário.

O CBTC é importante para reduzir o intervalo entre as composições e assim aumentar a quantidade de trens na linha, diminuindo a superlotação. Essa incompatibilidade do sistema impede, por exemplo, o uso imediato dos trens no trecho entre Capão Redondo e Adolfo Pinheiro da Linha 5-Lilás. Com a tecnologia, os equipamentos passam a ser comandados apenas por computador.De acordo com Pelissioni, mesmo com o atraso, o sistema deve ser instalado até dezembro.

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O prazo inicial, segundo o Metrô, era fevereiro deste ano.Já a utilização no trecho já existente da Linha 5 ficaria para 2016. “Hoje nós operamos a linha com oito trens. Atende plenamente à demanda, mas é evidente que esses novos trens darão conforto ao usuário”, afirmou o secretário.

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A Bombardier disse, em nota, que trata do assunto “na esfera contratual adequada”. A empresa alega dificuldades para conclusão da implementação por causa da “elevada complexidade da integração do projeto”.

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Para o presidente do Sindicato dos Metroviários, Altino de Melo Prazeres, a multa não será aplicada. “Parece mais um jogo de imagem. As empresas reclamam que não conseguem cumprir (o prazo) exigem mais dinheiro, o Metrô multa e no fim das contas sai uma negociação”, disse. Pelissioni afirmou ainda que eventuais manutenções que precisem ser feitas antes de as composições entrarem em operação ficarão a cargo das empresas, não do Metrô.

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A reportagem constatou que um dos trens já foi pichado. “Se houver necessidade, as empresas terão de fazê-lo. A CAF, a Bombardier, se acontecer algum problema antes de os trens entrarem em circulação, elas deverão fazer toda a manutenção no que tange à parte técnica.” A CAF informou que não comentaria a declaração.

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