‘Gostaram do evangélico no Supremo?’, pergunta Bolsonaro a apoiadores
Presidente sugeriu, no dia anterior, que havia possibilidade de ele indicar um religioso como ministro do STF
Ao deixar o Palácio da Alvorada para um almoço neste sábado (1), o presidente Jair Bolsonaro perguntou a apoiadores que o cumprimentavam se haviam gostado da possibilidade de ele indicar um evangélico como ministro do Supremo Tribunal Federal (STF). “Gostaram do evangélico no Supremo? Gostaram?”, perguntou o presidente. “É uma bênção”, respondeu uma mulher.
Nesta sexta-feira (31), em Goiânia, Bolsonaro questionou se não estava na hora de a Suprema Corte ter um magistrado evangélico. “Não me venha a imprensa dizer que eu quero misturar a Justiça com a religião. Todos nós temos uma religião ou não temos. Respeitamos e tem que respeitar. Será que não está na hora de termos um ministro do Supremo Tribunal Federal evangélico?”, perguntou o presidente, aplaudido de pé por fiéis que participaram da Convenção Nacional das Assembleias de Deus, em Goiânia.
Bolsonaro deixou o Alvorada por volta de 12h30 rumo a uma quadra residencial no Lago Sul, área nobre da capital Brasília. Na saída ele não havia informado o destino. Só no local, os jornalistas descobriram que Bolsonaro é um dos convidados pelo dono da casa, que não quis se identificar, para um churrasco.
Ainda nas imediações do Alvorada, Bolsonaro desceu do carro para cumprimentar turistas e apoiadores que visitavam o local. Ele foi bastante assediado e elogiado. Bem humorado, trajando uma camisa da Seleção Brasileira, o presidente retribuiu o carinho dos presentes com brincadeiras e poses para fotos e selfies.
Muitos dos presentes disseram ao presidente que estavam rezando por ele. Bolsonaro agradeceu e parou para ouvir a leitura do Salmo 91, feita por uma senhora.
Os jornalistas até tentaram questionar o presidente sobre temas como o Código Florestal, um possível envio da reforma política ao Congresso e sobre a reforma previdenciária. Mas ele continuou dando atenção aos admiradores e deixou de responder às perguntas. Indagado sobre a Previdência, limitou-se a dizer apenas “vai aprovar, vai aprovar”, reagindo à insistência da reportagem, mas sem entrar em detalhes.