Gillan’s Inn aposta em shows e cervejas importadas
Espécie de taverna inglesa fica região da Consolação e se destaca pela ambientação diferente da dos pubs
O número 47 da Rua Caio Prado marcou época ao abrigar o restaurante Abril em Portugal e o também extinto bar-balada Jive, que nasceu ali em 2000 e depois se mudou para Santa Cecília. Fechado há cinco anos, eis que o imóvel ressurge com novo inquilino. Quatro meses atrás, transformou-se numa taverna inglesa movida a rock’n’roll. A ambientação difere da dos pubs: não há TVs ligadas em esportes, mesa de sinuca nem jogo de dardo. Teto baixo, muita madeira escura, pôsteres de bandas e até a réplica de uma armadura medieval compõem o visual do Gillan’s Inn. O nome é emprestado do álbum no qual o vocalista do Deep Purple, Ian Gillan, celebrou quarenta anos de carreira. De quarta a sábado, bandas destilam em altíssimo volume (o que pode desagradar a alguns) clássicos de Led Zeppelin, Queen, Deep Purple e outras lendas do hard rock dos anos 60 e 70.
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Para dar um ar rústico, as sugestões da cozinha são servidas em pratos de barro. Destacou-se o filé-mignon aperitivo ao molho de cerveja preta coberto por lâminas de mandioca frita. Da seleção etílica, faz parte a pitoresca caipirinha de couve, que leva também vodca, xarope de maçã verde e lima-da-pérsia. Embora estranha, a combinação funciona e percebe-se a presença do vegetal no sabor. Há ainda quatro marcas de chope, a exemplo do irlandês Guinness e dos alemães de trigo Weihenstephaner e Erdinger. A lista de trinta rótulos de cerveja inclui a pilsen checa 1795 e a inglesa Fuller’s London Pride. Das nacionais, dê atenção à linha 3 Lobos, da mineira Backer. Sua india pale ale, chamada Pele Vermelha, traz raspas de laranja na receita.
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