Quem são os secretários do governo de Geraldo Alckmin
Conheça os escolhidos das principais pastas do estado nos próximos quatro anos
Ao definir os integrantes de seu secretariado, o tucano Geraldo Alckmin reuniu nomes que trabalharam com ele em sua primeira gestão como governador e outros escolhidos por José Serra, seu antecessor. “Fundamentei minhas decisões em critérios técnicos. Boa parte dos escolhidos não é filiada a nenhuma legenda”, afirma o novo ocupante do Palácio dos Bandeirantes.
+ Saiba quem são os outros escolhidos pelo tucano
Duas pastas deverão ser extintas (Ensino Superior e Relações Institucionais) e outras duas, criadas (Turismo e Gestão e Desenvolvimento Metropolitano). “Mantive os secretários que fizeram um bom trabalho e mexi nas áreas que vão merecer maior atenção.” Confira as principais peças do novo governo.
Em sentido horário, a partir do canto superior esquerdo: Jurandir Fernandes, Saulo de Castro Abreu Filho, Antonio Ferreira Pinto, Giovanni Guido Cerri, Lourival Gomes, Silvio Torres e Herman Voorwald
Giovanni Guido Cerri – Saúde
Radiologista formado pela USP em 1976, atualmente dirige a faculdade de medicina da universidade, na qual dá aulas há mais de trinta anos. italiano nascido em Milão, ele também comanda o instituto do câncer do Estado de São Paulo Octavio Frias de Oliveira.
Orçamento anual: 13,8 bilhões de reais.
Maior desafio: reduzir as filas de espera nos ambulatórios médicos de especialidades (AMES), em postos e unidades básicas de saúde (UBBs) e nos hospitais paulistas.
Lourival Gomes (mantido) – Administração penitenciária
No posto há quase dois anos, a convite do ex-governador José Serra, Gomes começou a trabalhar no sistema prisional paulista em 1971, como escriturário. com cara de poucos amigos e fama de linha-dura, tem um bom perfil para o cargo: já trabalhou como agente penitenciário e coordenou as cadeias do estado nos anos 90.
Orçamento anual: 2,7 bilhões de reais.
Maior desafio: construir novas penitenciárias para zerar o déficit de vagas do sistema prisional e assim evitar rebeliões e impedir a proliferação do crime organizado atrás das grades.
Antonio Ferreira Pinto (mantido) – Segurança Pública
No cargo desde 2009, começou uma faxina nas polícias civil e militar. Sob sua gestão, muitos dos índices de criminalidade da Grande São Paulo caíram. antes de assumir o posto, comandou a Secretaria de administração Penitenciária, quando combateu rebeliões promovidas por facções criminosas.
Orçamento anual: 11,9 bilhões de reais.
Maior desafio: aumentar o policiamento das ruas e intensificar a apuração de denúncias dentro da corporação para extirpar agentes corruptos.
Herman Voorwald – Educação
Filho de holandeses, Voorwald nasceu em Rio claro. Era até agora reitor da universidade Estadual Paulista (Unesp), onde se graduou engenheiro mecânico em 1979. Sua nomeação foi criticada por tucanos próximos ao ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, favoráveis à permanência do economista Paulo Renato Souza.
Orçamento anual: 19,7 bilhões de reais.
Maior desafio: aumentar os investimentos no ensino médio.
Silvio Torres – Habitação
Natural do município de São José do Rio Pardo, onde foi prefeito na década de 80, o tucano atualmente está na quarta legislatura como deputado federal. Empresário, cientista social e jornalista, ele é considerado braço direito do governador eleito.
Orçamento anual: 1,3 bilhão de reais.
Maior desafio: criar um plano diretor metropolitano para impedir o crescimento desordenado na periferia dos municípios paulistas e incentivar o repovoamento de centros urbanos.
Jurandir Fernandes – Transportes Metropolitanos
Exerceu a mesma função na primeira gestão de Alckmin. Engenheiro formado pelo instituto tecnológico de aeronáutica (Ita), Fernandes também dirigiu o Departamento Nacional de trânsito (Denatran).
Orçamento anual: 7,3 bilhões de reais.
Maior desafio: acelerar a expansão do metrô e garantir que os prazos sejam cumpridos. a linha 4 — amarela, por exemplo, inaugurada em abril com dois terminais, deveria ter ganho duas novas estações até novembro.
Saulo de Castro Abreu Filho – Transportes
À frente da pasta de Segurança Pública durante o primeiro governo de Alckmin, Abreu Filho enfrentou as ondas de terror deflagradas por facções criminosas em 2006. Procurador da Justiça, ele já chefiou a Fundação Casa, antiga Febem. Na área de transportes é um neófito.
Orçamento anual: 4,4 bilhões de reais.
Maior desafio: entregar o trecho leste do Rodoanel, que anexará ao cinturão rodovias caudalosas como Dutra e Ayrton Senna, e a parte norte.