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Garcia sinaliza que pode rever “confisco” de aposentadoria de servidor

Governador disse que governo já avalia o que pode ser feito no ano que vem, caso se mantenha no cargo. "Vamos discutir isso depois da eleição", falou

Por Redação VEJA São Paulo Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO
5 jul 2022, 11h24
Rodrigo Garcia
O governador Rodrigo Garcia (Governo de São Paulo/Divulgação)
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O governador Rodrigo Garcia (PSDB), que também é pré-candidato à reeleição, sinalizou que pode rever o desconto de até 14% da aposentadoria de servidores estaduais aposentados, uma medida que foi imposta pelo seu antecessor João Doria (PSDB), caso se mantenha no cargo a partir de 2023.

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Esse “confisco” é combatido pelos servidores públicos e pela oposição do governo na Assembleia Legislativa, que tenta inclusive aprovar o Projeto de Decreto Legislativo (PDL) 22/2020, que visa anular a medida de Doria. Os deputados do PSDB têm tentando impedir o avanço do projeto, mas Garcia sinalizou uma mudança na política de contribuição.

Em entrevista ao Roda Viva na última segunda-feira (4), Garcia falou que o desconto dos inativos foi instituído por conta do “déficit de previdência de São Paulo, que é mais de 1 trilhão de reais”, e que não pode mais mudar isso neste ano por conta das restrições eleitorais. Entretanto, afirmou que já pediu que a Secretaria de Fazenda analise a possibilidade de não aplicar mais essa dedução da folha dos servidores inativos.

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“São mais de 300 mil pessoas que não contribuíam com a previdência e passaram a contribuir. Neste ano eleitoral não pode mais mexer nisso por conta da Lei de Responsabilidade Fiscal, mas eu já pedi para o nosso secretário de Fazenda e para a SPPrev [São Paulo Previdência] avaliarem o que eu posso fazer ano que vem”, falou o governador. “É natural que, se a gente conseguir ter recursos públicos para fazer com que o desconto não seja mais aplicado a partir do ano que vem, eu farei isso. Vamos discutir isso sim depois da eleição”

Desde outubro de 2020, os servidores aposentados do estado que ganham a partir de um salário mínimo até o teto da previdência social (atualmente de R$ 7.087,22) passaram a ter que contribuir com o INSS. As alíquotas são progressivas por faixa de benefício, de 11% até 14%. Antes, só contribuía aqueles cujo salário ultrapassava o teto do INSS. 

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