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Lixeiras novas já são depredadas no entorno do Anhangabaú

Comerciantes relatam que gestão não substituiu os itens furtados; com a pandemia, Centro sofre com agravamento de antigos problemas

Por Guilherme Queiroz
Atualizado em 19 fev 2021, 17h37 - Publicado em 19 fev 2021, 17h35

Comerciantes do entorno do Vale do Anhangabaú notaram o sumiço de partes de novos mobiliários instalados pela prefeitura de São Paulo. Em 2020 a gestão Bruno Covas (PSDB) entregou a reforma dos chamados calçadões do centro.

Ao custo estimado de 54 milhões de reais, o poder público substituiu as antigas pedras portuguesas por concreto e bancos nos trechos de vias que são exclusivas para pedestres. A parte traseira das novas lixeiras instaladas, por exemplo, na Avenida São João, está desaparecendo.

“Antes o pessoal adorava roubar os cabos de fibra óptica. Mas tem algumas semanas que começaram a levar também as tampas das lixeiras novas”, conta Tiago Lisboa de Caires, 25, copeiro do restaurante Estrela da São João. Os furtos ocorrem principalmente no calçadão da São João: tanto no entorno do Centro Cultural dos Correios quanto próximo do trecho do Edifício Martinelli, quase na Rua São Bento.

Imagem mostra lixeira que fica no calçadão da Avenida São João sem a parte traseira
No entorno do Centro Cultural dos Correios (Arquivo pessoal/Veja SP)

Os comerciantes do pedaço contam que o sumiço das tampas de metal ocorre principalmente na madrugada (durante o dia a Guarda Civil Metropolitana costuma manter viaturas no entorno). Lucimara Andrade, 37, administradora do restaurante Base Paulistana, nota que as tampas estão evaporando aos poucos. “Notei que estão sumindo e já faz algum tempo”, conta.

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Tiago afirma que até o momento a prefeitura não substituiu as partes roubadas. “O lixo não vaza, fica pendurado no saco, exposto. A reforma tá sendo mais usada pelos moradores de rua, que gostam de dormir nos bancos”, conta ele sobre o nítido aumento de pessoas em situação de vulnerabilidade social na região.

Imagem mostra lixeira que fica no calçadão da Avenida São João sem a parte traseira
(Arquivo pessoal/Veja SP)

Furtos não são novidade por ali. No início do mês a Vejinha estampou capa sobre as dificuldades da região central, que vive (mais) uma onda de degradação após o início da pandemia da Covid-19. “Vejo roubos todos os dias embaixo da minha janela”, disse Bruno Bocchese, morador da Praça da República, na reportagem de Pedro Carvalho e Tatiane de Assis.

Dividindo os lados da São João que concentram os roubos das lixeiras fica o Vale do Anhangabaú, em uma eterna reforma que teve a entrega adiada seis vezes: o custo saltou de 80 para 105 milhões de reais. O primeiro prazo era para junho de 2021. Com o novo adiamento, o espaço, segundo a prefeitura, deve ser concluído até 1º de abril.

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Procurada pela reportagem sobre os furtos das lixeiras, a prefeitura não se posicionou até o fechamento desta matéria. O espaço está aberto para manifestação.

 

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