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Jovens fazem quatro reféns durante rebelião na Fundação Casa

Em pouco mais de um mês, mais de 110 adolescentes fugiram de unidades da instituição

Por Veja São Paulo
Atualizado em 5 dez 2016, 11h59 - Publicado em 9 out 2015, 10h53
Fundação Casa
Fundação Casa (Peter Leone/Folha Press/)
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Jovens internados na Fundação Casa Pirituba fizeram quatro funcionários reféns na noite desta quinta (8). Segundo a instituição, a rebelião começou por volta das 21h20, quando eles estavam sendo recolhidos aos dormitórios. Os guardas foram mantidos na quadra poliesportiva.

Não há informações oficiais de quantos internos participaram do motim. A unidade de Pirituba tem capacidade para 83 jovens, e é dividida em dois módulos. O tumulto aconteceu no maior setor, que tem 53 vagas. Durante o motim, eles colocaram fogo em colchões, mesas e cadeiras plásticas. O Corpo de Bombeiros precisou ser acionado.

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Após negociações com a equipe da Superintendência de Segurança, os servidores foram liberados. Ninguém ficou ferido. A confusão terminou quatro horas mais tarde, por volta da 1h40 desta sexta (9).

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Em nota, a Fundação Casa informou que os jovens envolvidos passarão por uma Comissão de Avaliação Disciplinar, que irá estudar as medidas disciplinares a serem aplicadas. O Judiciário e a família dos jovens foram informados.

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Recentemente, a Fundação Casa tem enfrentado repetidos episódios de insegurança. Na noite de domingo (4), 39 menores realizaram uma fuga em massa após uma rebelião na unidade de Lorena, no Vale do Paraíba, interior de São Paulo.

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No mês passado, foram cinco fugas em unidades da capital e da Região Metropolitana. Considerando o ano inteiro, a Fundação Casa totaliza pelo menos nove casos em que internos escaparam. A maioria foi recapturada.

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Depois de uma fuga na unidade de Guaianases, na zona leste, em setembro, o governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB), afirmou que algumas unidades passam por problemas de segurança após a empresa contratada para atuar na Fundação Casa faliu. Isso obrigou agentes socioeducativos a serem adaptados para exercer função de vigilantes.

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Para tentar conter a insegurança nas unidades e evitar novas fugas, a instituição deve firmar um convênio com a Secretaria de Estado da Segurança Pública. A partir do acordo, policiais militares de folga vão poder fazer a segurança externa das unidades.

(Com Estadão Conteúdo)

 

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