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Figura polêmica: Flávio de Carvalho

Em 1956, ele caminhou pela então elegante e badalada Rua Barão de Itapetininga trajado com roupas femininas

Por Manuela Nogueira
Atualizado em 1 jun 2017, 18h37 - Publicado em 21 jan 2011, 23h46
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  • A cena retratada na foto é uma das responsáveis por fazer do pintor Flávio de Carvalho uma figura polêmica da história de São Paulo. Em 1956, ele caminhou pela então elegante e badalada Rua Barão de Itapetininga trajado de saia, meia-calça e blusa feminina. O que o público interpretou como um vexame foi chamado pelo artista de Experiência nº 3. “Se as pessoas têm preconceito hoje, imagine naquela época”, diz o apresentador de televisão Amaury Jr. Pois é, o termo “happening” ainda nem existia e Flávio já o praticava no centro da cidade. A performance nº 2 havia ocorrido em 1931, quando ele interrompeu uma procissão de Corpus Christi na Rua São Bento. Só escapou de ser linchado porque achou abrigo numa leiteria e foi protegido pela polícia. Nascido no Rio de Janeiro, Flávio veio morar na capital após a Semana de Arte Moderna de 1922. Desenvolveu múltiplos talentos ao atuar também como arquiteto, escultor e dramaturgo. “Adoro o espírito rebelde do Flávio. Li que ele andava seminu pelo escritório de Ramos de Azevedo. Não é ótimo?”, afirma a jornalista Barbara Gancia. A partir da década de 50, Flávio passou a ganhar reconhecimento da crítica. Hoje, alguns de seus retratos e nus femininos são considerados trabalhos de referência.

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    ELES TAMBÉM DERAM O QUE FALAR

    José Carlos de Figueiredo Ferraz 

    Uma frase curta e certeira bastou para envolver o prefeito (1971-1973) numa confusão. O lema dos paulistanos eufóricos com o crescimento econômico era “São Paulo não pode parar”. Mas Ferraz disparou: “São Paulo precisa parar”. Era uma crítica à expansão caótica da cidade. “A frase teve repercussão enorme”, diz o jornalista Boris Casoy. “Hoje vemos que ele estava certo.”

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    Clodovil Hernandes 

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    Clodovil Hernandes - capa 2201
    Clodovil Hernandes – capa 2201 ()

    O apresentador e estilista foi também o quarto deputado mais votado do Brasil nas eleições de 2006. Sempre envolvido em alguma confusão, Clodovil protagonizou cenas constrangedoras, como o episódio em que chamou uma deputada de “feia”, além de brigas com a equipe do “Pânico na TV”. “Clodovil era a polêmica em pessoa”, diz o jornalista José Simão. “Era gay, mas falava coisas homofóbicas. Era engraçado, mas não tinha senso de humor.”

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    VOTARAM

    Amaury Jr., apresentador

    Barbara Gancia, jornalista

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    Boris Casoy, jornalista

    José Simão, jornalista

    Raquel Glezer, historiadora

     

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