Filipe Sabará, candidato à prefeitura, é expulso do Partido Novo
Sabará afirmou, no entanto, que seguirá na corrida pelo cargo e fez críticas a João Amoedo
O partido Novo divulgou nesta quarta-feira (21) que Filipe Sabará, candidato à prefeitura de São Paulo, foi expulso da sigla. O Diretório Nacional votou por unanimidade a desfiliação do empresário. Ele afirmou para a Vejinha, no entanto, que seguirá na corrida pela prefeitura.
O processo administrativo foi instaurado por conta de “inconsistências” no currículo do candidato. Um material do partido afirmava que Sabará era aluno de um curso de pós-graduação na Fundação Armando Álvares Penteado. A universidade negou que ele tenha feito o curso. No final de setembro o repórter Sérgio Quintella noticiou que Sabará alterou sua declaração de bens no Tribunal Regional Eleitoral (antes era de 15 600 reais e passou para 5,1 milhões de reais) e também retirou do seu perfil no LinkedIn cursos que não chegou a concluir em outras universidades.
De acordo com o texto do Novo, Sabará tem direito a recurso mas a ação “não tem efeito suspensivo da decisão, de forma que [ele] está oficialmente expulso e não pertence mais ao quadro de filiados”.
Por mensagens de WhatsApp, Sabará criticou João Amoedo, fundador e ex-presidente da sigla, que “continua mandando no Diretório Nacional no Partido e na suposta Comissão de Ética e não respeita opiniões diversas e nem mesmo a lei”, afirmou.
O partido tentou impugnar a candidatura de Sabará no mês passado. No entanto, no início de outubro, o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) determinou em liminar que ele poderia seguir na corrida pela prefeitura no partido. “A liminar vale até o processo ser julgado no TSE. Então continuo como candidato do Novo”, disse por mensagem. “Ninguém está acima da lei, muito menos o Amoedo”.
Sabará afirmou ainda que a Comissão de Ética “totalmente ligada ao Amoedo, [que] inventou situações para me tirar do partido. [Continuo] com a candidatura, querendo ele ou não, gostando ele ou não”.
De acordo com o candidato, seus elogios ao presidente Jair Bolsonaro estão entre os motivos para a expulsão. Em entrevista para a Vejinha em julho, Sabará afirmou que “Bolsonaro se saiu melhor do que [João] Doria no combate à pandemia“.