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Felipe Cordeiro transforma o brega em cult

Cantor explora a sonoridade paraense no álbum de estreia e atrai um público moderno para as suas apresentações

Por Carol Pascoal
Atualizado em 5 dez 2016, 17h20 - Publicado em 9 mar 2012, 13h40

Cantor e compositor paraense, Felipe Cordeiro, de 28 anos, tem contato com a música desde pequeno. Filho do produtor e guitarrista Manoel Cordeiro, responsável por dar visibilidade à lambada e impulsionar a carreira de Beto Barbosa nos anos 80, o rapaz cresceu entre estúdios e ensaios. Apesar de ter se formado em filosofia na Universidade Federal do Pará, ele seguiu os passos paternos e optou pela carreira artística. Na quinta (15), lança o seu primeiro álbum, o ótimo “Kitsch Pop Cult”, no Teatro do Sesc Vila Mariana.


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Ele revê de forma crítica, porém leve, as raízes populares de seu estado e encontra o equilíbrio entre o conceitual e o divertimento. A espirituosa faixa de abertura “Legal e Ilegal”, por exemplo, é uma cumbia com elementos de carimbó e guitarrada. “Não queria que meu trabalho fosse tão complexo como um disco de Tom Zé, nem puro entretenimento como o tecnobrega”, explica.

As canções de Felipe se aproximam do brega no sentido de gênero musical e não do mau gosto. “Hoje, quase toda música popular brasileira tem uma pitada de brega, pois as pessoas erram no cálculo da elegância”, diz. Além de ter o pai na guitarra e nos teclados, ele conta com a participação especial de André Abujamra, produtor de “Kitsch Pop Cult”, na noite de estreia. Faixas como “Fogo de Morena”, “Conversa Fora” e “Lambada com Farinha” são boas para dançar e devem levantar o público acomodado nas cadeiras do teatro.

 

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