Farofa Paulista demorou, mas emplacou
Depois de um início titubeante, a casa consegue entrar nos eixos
O cruzamento da Rua Melo Alves com a Alameda Tietê, onde funciona há quase dezesseis anos o célebre Balcão, ganhou outro foco de agito. Surgiu na esquina em frente o Farofa Paulista, inaugurado dois meses atrás por João Serrado e Guga Mattos (sócios do Dry) e Cassio Machado (do Ringue Lounge, Di Bistrot e Blue Velvet). Após um início titubeante, com cardápio incompleto e serviço confuso, a casa entrou nos eixos. Tem atraído a atenção de um público acima dos 30 anos, que toma conta da varanda à beira da calçada e dos dois salões, decorados com folhas de jornal, lousas e divertidos painéis e grafites do artista plástico Flavio Rossi.
Com preços camaradas para o padrão dos Jardins, o menu reúne boas comidinhas de acento paulista — caso do úmido minicuscuz de sardinha, servido em pequenas fôrmas de alumínio (R$ 15,00, oito unidades). Outra sugestão, a polenta mole (R$ 10,00) vem coberta por um saboroso ragu de carne. Merecem atenção ainda o tenro polvo à provençal (R$ 23,00 a porção) e as grandes e bem temperadas sardinhas assadas ao azeite, alho e cebola (R$ 17,00). Atrás do balcão, porém, a performance não é a mesma: faltou fruta e sobrou gelo na caipirosca de lima-da-pérsia (R$ 12,00). Para refrescar a garganta, prefira as cervejas. Elas chegam à mesa em baldes de gelo e, como nos botecos, na companhia de copos americanos. Entre as marcas figuram Original e Serramalte (R$ 7,80 cada uma) e a gostosa fluminense Therezópolis (R$ 12,00).
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