Falhas persistem no Largo da Batata após um mês de revitalização

Prefeitura informa que irá realizar uma vistoria para verificar o estado dos equipamentos

Por Redação VEJA São Paulo Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO
Atualizado em 13 out 2017, 11h15 - Publicado em 13 out 2017, 10h55
Bancos permanecem quebrados no Largo da Batata, em Pinheiros, na Zona Oeste da cidade (Veja São Paulo/Veja SP)
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Há quase um mês, a prefeitura de São Paulo entregou o Largo da Batata, em Pinheiros, “totalmente revitalizado”. Anunciou plantio de setenta árvores novas, restruturação da iluminação, um novo parquinho, entre outras mudanças. Tudo com apoio de iniciativa privada. A reportagem de VEJA SÃO PAULO visitou o espaço dois dias depois a cerimônia e encontrou algumas falhas ignoradas pela reforma e outras já nos novos aparatos custeados por empresas privadas. Nesta semana, a reportagem voltou ao local e encontrou diversos problemas persistentes.

Em nota, a prefeitura informou que “Na próxima semana, a Secretaria Municipal de Urbanismo e Licenciamento vai fiscalizar o mobiliário do Largo da Batata e, se necessário, programar a manutenção desses equipamentos.”

 

O que funciona:

Iluminação: durante a revitalização, 58 postes foram trocados por unidades mais altas (7,5 metros, contra 5 metros anteriormente) e com lâmpadas mais potentes (150 W antes das obras e 250 W agora). Questionados, comerciantes da região confirmaram que a estrutura nova funciona normalmente e, até o momento, não apresentou falhas.

 

O que está feio ou não funciona: 

Árvores: foram plantadas setenta em tamanho adulto para melhorar a aridez do espaço. Nesta semana, com sol forte e calor ultrapassando os 35 graus, algumas estavam secas, e pelo menos uma tinha no entorno um gramado mal aparado. “Contei onze árvores que estão secas”, disse a ativista Mariana Marchesi, do grupo A Batata Precisa de Você, também consultada pela reportagem.

Segundo a Prefeitura Regional Pinheiros, todas as árvores doadas pela iniciativa privada são regadas semanalmente e cada espécie tem um período de transição e adaptação ao espaço. “Caso alguma delas não se adapte ao novo local, a empresa doadora terá que repor sem custo para a Prefeitura Regional”, informou.

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Mato cresce em volta de árvore (Veja São Paulo/Veja SP)
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Calçadas: na revitalização, a prefeitura reduziu o tamanho dos canteiros de grama que margeiam as árvores e colocou paralelepípedos em volta. Porém, essa mudança afetou o calçadão, que ficou com piso irregular. Segundo a prefeitura, os paralelepípedos foram utilizados no espaço para facilitar a remoção de acordo com o crescimento das árvores.

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(Veja São Paulo/Veja SP)

Bancos danificados: de reformas passadas, os bancos de madeira posicionados sobre grandes blocos de concreto continuam apresentando defeitos, com falta de encostos. “A ideia desses bancos foi boa, mas consertam hoje e amanhã quebram”, disse o comerciante Wilson Galani, que trabalha há quase quarenta anos no pedaço.

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(Veja São Paulo/Veja SP)
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(Veja São Paulo/Veja SP)

Árvore digital: localizada perto do parquinho para crianças, a estrutura tem três “tomadas” com duas entradas para cabo USB, cada. Nesta semana, assim como na visita passada da reportagem, uma das tomadas apresentava defeito. Segundo a prefeitura, não há registro de mau funcionamento nos pontos da árvore digital. “Em todo o caso, será realizada vistoria para verificar esses equipamentos”, diz nota.

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(Veja São Paulo/Veja SP)

Pombos: dezenas de pombos circulam entre os brinquedos da criança. A reportagem flagrou uma pessoa jogando alimento para as aves, que podem transmitir doenças. Em resposta, a prefeitura informou que o Centro de Controle de Zoonoses fará uma vistoria no local e, se necessário, tomará as providencias quanto à proliferação de pombos.

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(Veja São Paulo/Veja SP)

Limpeza: em alguns pontos da praça, como nas proximidades da Rua Teodoro Sampaio, é possível sentir cheiro de urina. Questionada sobre esse problema, a prefeitura disse que o Largo é lavado diariamente.

Carros: segundo a ativista Mariana Marchesi, é possível ver carros andando sobre as calçadas do Largo da Batata. “A circulação na praça aumentou muito. Isso detona o piso mais ainda”, disse. Nesta semana, alguns veículos da Polícia Militar estavam estacionados no espaço. Por meio da prefeitura, a Companhia de Engenharia de Tráfego informou que fiscalização no local será intensificada.

Logo no piso: na entrega do espaço, a Adidas fez uma quadra para realização de eventos esportivos no Largo. Hoje não tem nada lá, só uns traços aleatórios coloridos no chão e o logo da marca. Segundo a prefeitura, será realizada vistoria para verificar a tinta azul no piso.

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(Veja São Paulo/Veja SP)
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(Veja São Paulo/Veja SP)

 

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