Faça chuva ou faça sol, startup aluga guarda-chuva

Paulistana Rentbrella também está de olho nas praias brasileiras

Por Sérgio Quintella Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO
Atualizado em 20 mar 2020, 06h00 - Publicado em 20 mar 2020, 06h00
Rentbrella
 (Alexandre Battibugli/Veja SP)
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Dois anos depois de iniciar o serviço de aluguel de guarda-chuva compartilhado, a Rentbrella, startup criada pelos paulistanos Nathan Janovich, 29, e Freddy Marcos, 28, traçou como meta para 2020 expandir os horizontes. Enquanto trabalha na confecção de máquinas menores, para atuar em mais endereços na cidade, a dupla das sombrinhas compartilhadas prepara as malas para começar a operar em Nova York. Graças a um caixa reforçado com 7 milhões de reais, captados em rodadas de investimentos no ano passado (em 2018 foram outros 5 milhões de reais), a empresa pretende desembarcar nos Estados Unidos, em agosto deste ano, com 300 estações de locações.

“A operação será nos mesmos moldes da nossa em São Paulo, em parceria com patrocinadores”, explica Janovich. O modelo de negócios com a estampa de marcas na tela dos guarda-chuvas começou a vigorar por aqui em outubro do ano passado. Desde então, após um acordo com a operadora de planos de saúde Unimed, em vez de cobrar 1 real para cada hora de aluguel, como era feito, a Rentbrella passou a franquear o pagamento das primeiras 24 horas.

Depois, tanto no segundo quanto no terceiro dia, são cobrados 2 reais. A partir do quarto período, o cliente paga 34 reais e pode ficar com o guarda-chuva, que é fabricado na China. “Noventa e oito por cento dos nossos clientes devolvem dentro do prazo gratuito”, afirma Freddy Marcos, o outro sócio da empresa.

Rentbrella
(Divulgação Rentbrella/Veja SP)

No dia em que a cidade parou por causa de um forte temporal, numa segunda-feira de fevereiro, a companhia estendeu o prazo de gratuidade e concedeu mais um dia para o usuário ficar com o objeto, como já ocorre nos fins de semana. A parceria com a Unimed espalhou 35 000 sombrinhas verdes que ficam presas em 350 máquinas distribuídas pelo circuito Faria Lima-Berrini-Paulista- Vila Olímpia.

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Fora dali, há outros cinquenta acordos com empresas, shoppings e condomínios. O aluguel à parte de uma máquina com espaço para 100 guarda-chuvas custa cerca de 1 000 reais por mês. A meta é aumentar a oferta para 60 000 na capital e chegar a 600 máquinas até o fim do ano. Atualmente existem 200 000 pessoas cadastradas, número que cresce a cada temporal.

Fabricados em São Carlos, no interior, os equipamentos comportam até 347 unidades, mas a ideia é lançar estações menores, para vinte guarda-chuvas, e levar o negócio para restaurantes, bares, cafés e livrarias. Enquanto se movimenta de olho no céu de São Paulo e dos Estados Unidos, a Rentbrella trabalha para migrar para outros segmentos, como o de guarda- sol.

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Atualmente, negocia com uma marca de cerveja, que bancaria a operação em praias do Nordeste, no inverno, e no Sudeste, a partir do próximo verão. “Não somos apenas uma empresa de guarda-chuva, mas de compartilhamento de tecnologia”, afirma Janovich, que tentou fechar uma parceria com a nova administradora do Estádio do Pacaembu, mas a ideia esbarrou na proibição da Polícia Militar. Que tal pensar em capa de chuva?

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