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Estudante depreda prédio de universidade e causa fuga de alunos

Ninguém ficou ferido, segundo a PM, e o jovem foi detido e encaminhado ao 8º Distrito Policial do Brás

Por Estadão Conteúdo
Atualizado em 17 nov 2017, 11h26 - Publicado em 17 nov 2017, 08h41
Um estudante depredou vidros e portas da Universidade São Judas, na Mooca, Zona Leste de São Paulo depois de ter tido um "surto" na noite desta quinta (16) (Reprodução / YouTube/Veja SP)
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O estudante de Design Gustavo Cordelli foi preso na noite desta quinta-feira (16), após depredar uma sala de aula na Universidade São Judas, na Mooca, bairro da Zona Leste de São Paulo. Ele usou um taco de beisebol para destruir janelas e atirou carteiras do sétimo andar. Com o barulho, estudantes se assustaram e confundiram a confusão com um tiroteio, o que causou correria na instituição. Ninguém ficou ferido. 

De acordo com testemunhas, Cordelli participava da entrega do relatório do trabalho de conclusão do curso (TCC) de Design quando começou a discutir com um professor. Um vídeo gravado no momento mostra quando ele abre uma mochila e anuncia: “Sabem o que eu vou fazer?”, retirando um objeto. O ato fez com que alunos saíssem em disparada. Com o taco, ele quebrou janelas e atirou carteiras do andar em que estava (assista ao vídeo abaixo)

“Eu não quis esperar para ver o que era naquela mochila”, disse o seu colega de classe Guilherme Brighente, de 21 anos. “Ele do nada gritou, se exaltou e começou a debater o design da cadeira” disse Brighente. O colega descreveu Cordelli como uma pessoa quieta, mas que enfrentou problemas para terminar o TCC com o grupo em que estava e agora realizava o trabalho sozinho. 

O ataque assustou alunos de todo o prédio. A estudante de direito Gabriela Pontara, de 24 anos, estava subindo para o primeiro andar quando escutou o barulho. “Parecia tiro e logo pensei que era um atentado, algo com terrorismo”, disse. Ela relatou que o barulho era alto e ininterrupto, o que a levou a pensar em uma sequência de tiros. Ela e centenas de estudantes abandonaram o que estavam fazendo e fugiram, correndo por mais de 500 metros procurando proteção fora da universidade. 

No caminho, Gabriela ligou pra mãe, que também se assustou com o barulho. “Falei para ela se deitar no chão”, disse a mãe, Patrícia. O estudante de publicidade Danilo Santos, de 22 anos, também fugiu da confusão. “Vimos a saída de emergência e fomos para lá, mas estava trancada. Tivemos que quebrar. Era muita gente”, disse. Nas imediações da universidade, papeis ficaram espalhados pelo chão. Como é fim de semestre, muitas classes faziam provas no momento da confusão.

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O estudante foi preso em flagrante no 8º Distrito Policial do Brás por ter causado pânico, delito previsto no artigo 41 da Lei das Contravenções Penais, e responderá ainda por ameaça e dano qualificado. Ele foi levado para o Fórum da Barra Funda, na Zona Oeste da capital, na manhã desta sexta-feira (17), onde aguarda pela audiência de custódia, na qual a Justiça decidirá sobre a manutenção da sua prisão. 

Em depoimento, o estudante disse que estava insatisfeito com a metodologia de avaliação da universidade e decidiu fazer o “protesto”. Contra ele, a polícia identificou ainda um boletim de ocorrência por assédio sexual contra uma colega, cometido em uma data não informada. 

Em nota divulgada pelo Facebook, a universidade disse que o ocorrido foi um “caso isolado”. “Temos a informar que um aluno teve um comportamento exacerbado e chegou a utilizar um taco de beisebol para depredar o ambiente, causando certa perplexidade às demais pessoas presentes. Imediatamente a Universidade acionou a segurança local e a polícia, que identificaram e detiveram o indivíduo pela conduta inadequada.”

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