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Mortes causadas por H1N1 chegam a 91 no Estado de São Paulo

A partir de segunda-feira (18), a vacinação contra a gripe alcança os grupos com comorbidades na capital e na região metropolitana

Por Estadão Conteúdo
Atualizado em 27 dez 2016, 18h28 - Publicado em 16 abr 2016, 11h10
gripe2
gripe2 (Reprodução/)
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Em uma semana, o número de mortes confirmadas por gripe H1N1 no Estado de São Paulo subiu de 70 para 91, alta de 30%, conforme balanço divulgado nesta sexta-feira (15) pela Secretaria Estadual da Saúde. O número é nove vezes maior do que o registrado em todo o ano passado, quando dez pessoas morreram pela doença.

O medo do surto precoce nas cidades paulistas teve reflexo na adesão à campanha de vacinação contra a gripe, iniciada no dia 4 para profissionais de saúde e no dia 11 para idosos, gestantes, crianças e indígenas da capital e da região metropolitana. Em duas semanas de imunização, 36% do público-alvo já foi vacinado.

O balanço mais recente da secretaria mostra ainda que já foram notificados 715 casos de Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) causados pelo H1N1 neste ano, ante 33 registrados em todo o ano de 2015. Tratam-se dos relatos graves da doença, que exigem internação. Somados todos os tipos de gripe, o Estado já acumula 886 casos de SRAG e 96 óbitos.

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Também ontem a secretaria divulgou que 1,6 milhão já recebeu a vacina contra a gripe no Estado de São Paulo, somados os públicos-alvo da capital, da Grande São Paulo e de 67 municípios da região de São José do Rio Preto, onde o surto teve início. O número é 74% maior do que o público vacinado na primeira semana da campanha do ano passado, quando o produto já estava disponível para todos os grupos de risco e em todo o Estado. Na ocasião, 916 mil pessoas foram imunizadas.

Neste ano, ainda não foi iniciada a vacinação para doentes crônicos e puérperas (mulheres que deram à luz há menos de 45 dias) da capital e da Grande São Paulo, que começarão a ser imunizados na próxima segunda-feira, e para o restante dos paulistas que fazem parte dos grupos de risco mas que não moram em nenhuma das regiões onde o imunizante foi oferecido de forma antecipada. Estes só poderão imunizar-se a partir do dia 30, quando a campanha nacional será iniciada.

Comparando os balanços da primeira semana de campanha de 2015 e 2016, é possível ver que o maior crescimento na adesão aconteceu nos grupos dos profissionais de saúde e das crianças. No ano passado, foram 70,8 mil trabalhadores e 123,9 mil crianças imunizadas. Neste ano, já são 402,3 mil e 396,2 mil, respectivamente. Podem ser vacinados maiores de 6 meses até 5 anos incompletos.

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Já entre os idosos, o número de imunizados passou de 576 mil para 779 mil no período analisado. No grupo de gestantes, a adesão cresceu de 46,7 mil para 65,2 mil, mesmo com os números do ano passado incluindo também puérperas.

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BOA NOTÍCIA

Para Renato Kfouri, vice-presidente da Sociedade Brasileira de Imunizações (SBIm), a alta adesão à campanha já era esperada com o aumento de casos da doença e deve ser comemorada. “É bastante prudente essa procura antecipada porque, depois de aplicada, a vacina ainda demora cerca de três semanas para fazer efeito, então, quanto antes os grupos de risco se imunizarem, mais cedo teremos a população protegida.”

O especialista afirma que a expectativa é de que a meta governamental de vacinar 80% do público-alvo seja atingida daqui a duas semanas no Estado de São Paulo. “No ano passado, só chegamos a esse índice no fim de junho. Infelizmente, nossa cultura é de se preocupar com um problema somente depois que ele aparece”, diz. Conforme o Estado mostrou no fim de março, o índice de paulistas vacinados contra a gripe em 2015 foi o menor dos últimos três anos. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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