Erasmo Carlos, a voz da experiência
O cantor chega aos cinquenta anos de carreira com o novo e divertido “Sexo”, trabalho que apresenta no Teatro Bradesco
Nesta semana, Roberto Carlos peregrinou pela Terra Santa, em Israel. Enquanto isso, seu companheiro da época de jovem guarda Erasmo Carlos tem trilhado caminhos um pouco mais pecaminosos e se prepara para lançar o disco “Sexo” na quarta (14), no Teatro Bradesco. No auge dos 70 anos de idade, o cantor e compositor se propôs a esmiuçar vários assuntos ligados ao ato sexual, da gênese do ser humano às posições. Para isso, contou com alguns parceiros. Arnaldo Antunes é coautor de “Kamasutra” e “Roupa Suja”; Adriana Calcanhotto aparece em “Seu Homem Mulher”; “E nem me Disse Adeus” e “Vênus e Marte” têm a contribuição de Nelson Motta, e a lista segue.
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Além de positivo, o resultado mostra-se divertido e sem pudor algum. “Muita gente vai torcer o nariz, porque, nas letras, falamos em bom português. O pessoal curte algumas músicas em inglês por não entender o idioma, mas na hora do prazer ninguém fala ‘my god’ ou ‘yeah’”, diz.
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Com cinquenta anos de carreira, o Tremendão está longe de jogar rosas vermelhas ao público e de estagnar em um repertório fixo e manjado. Pelo contrário, ele acerta ao se renovar a cada trabalho. Falar sobre sexo não foi uma escolha pervertida, mas, sim, contestadora. “Meu objetivo é tratar o ato como algo supremo, acho o cúmulo um filho ter vergonha de tirar dúvidas com os pais. O rock que carrego me permite falar sobre isso”, decreta. Na apresentação, o artista retoma ainda as faixas de “Rock ‘n’ Roll”, seu álbum anterior, de 2009.